seg, 23 dezembro 2024

Crítica | Maus Momentos no Hotel Royale (Bad Times at the El Royale)

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Geralmente quando um filme surge recheado de estrelas, mas sem muita “divulgação”, não se espera que seja um bom ou ótimo filme. Nesses casos, assistimos pensando que é apenas um filme pipoca feito as pressas. Ainda bem que este não é um caso.

Maus Momentos no Hotel Royale (Bad Times at the El Royale) é um suspense extremamente bem arquitetado, que já tinha atraído minha atenção com seu primeiro trailer (veja abaixo), apesar de que depois de Esquadrão Suicida, eu não espero nada dos filmes depois do trailer. Mas claro, a trama traz uma coleção de super atores como Jeff BridgesChris HemsworthJon HammDakota Johnson e Cynthia Erivo.

O filme começa com um ar de carisma e leveza, com Jeff Bridges (Daniel Flynn) dando as caras juntamente com Cynthia Erivo (Darlene Sweet) – que tem um p$@ta voz no filme – e Jon Hamm (Seymour ‘Laramie’ Sullivan) que já toma conta de tudo na sua primeira cena, assim como fazia sempre em Mad Man.

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O sentimento inicial do filme é que existe um tom de desconexão entre os personagens, que, com exceção de Chris Hemsworth (Billy Lee) e Hannah Zirke (Emily), são praticamente apresentados todos de uma vez. Dakota Johnson (Emily Summerspring) por exemplo, praticamente não diz nada em sua primeira aparição, mas é super importante no decorrer de tudo.

Logo após essa “apresentação”, Lewis Pullman (Miles Miller) – que é o recepcionista, bartender, faz tudo do hotel – entra em cena e apenas com seu modo de olhar – e respirar – mostra a real intenção do desenrolar da trama. O ar leve do filme e a tentativa de entender algo até ali, traz a tona um sentimento de preocupação estampada na cara de Miles.

Sem dar spoilers, cada personagem tem sua própria história de vida – muitas vezes sombria – (inclusive o Hotel Royale), mas, nenhum deles tem motivo específico para estarem juntos naquele lugar. Me lembrou muito Crash – No Limite, um filme que amo, justamente pelo fato dos personagens não se conhecerem na trama, e terem suas histórias conectadas de alguma forma durante o desenrolar do filme. Isso explica também as diversas reviravoltas que acontecem, e que, se não tivesse um ótimo roteiro e edição, poderiam atrapalhar tudo.

Os primeiros dois terços do filme são lindos; a fotografia e a direção de arte são impecáveis e tudo traz um visual extremamente estiloso e colorido, contrastando com as histórias de cada um dos personagens.

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Cynthia Erivo é a dona do filme, não só pela ótima atuação, mas principalmente pelas suas canções a capela que compõem a trilha sonora repleta de clássicos como This Old Heart of Mine (Is Weak For You), dos Isley Brothers, a música que toca no trailer. A música é usada para trazer tensão para as cenas de uma forma perfeita!

A medida que o filme evolui e as histórias são contadas, não é possível, de forma alguma, prever qual seria o final de cada personagem, e quais seriam as decisões de cada um de acordo com o que aconteceria. Isso é legal pois cria um sentimento de angústia por não saber o que poderá acontecer com algum deles e de que forma isso afetará ou não o filme!

A parte final peca um pouco. A apresentação do personagem Billy Lee (Chris Hemsworth) serve apenas para complementar roteiro, mesmo que ele seja peça fundamental para o encerramento do filme. Com isso, o filme se estende mais que deveria.

De toda forma, Maus Momentos no Hotel Royale surpreende e agrada com o desfecho de cada personagem e mesmo com um final ilógico (no sentido de surpresa) é compreensível e extremamente satisfatório!

O filme estreia no Brasil em 17 de Janeiro de 2019, mas já está disponível nas plataformas digitais Americanas.

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Uillian Magelahttps://estacaonerd.com
Co-Fundador do Estação Nerd. Palestrante, empreendedor e sith! No momento, criando meu sabre de luz para cortar a lua ao meio. A, SEMPRE escolha a pílula azul. Não faça como eu!
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