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    Crítica | Mestres do Universo: Salvando Eternia

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    Entretenimento de primeira! É assim que pode ser resumido a primeira parte da série animada Mestres do Universo: Salvando Eternia, que estreia nessa sexta-feira (23) na Netflix. A produção não é um remake, nem um reboot da série animada exibida entre a década de 80 e 90 na TV, mas sim a primeira parte de uma sequência direta dos acontecimentos vistos no último episódio da série original, que foca nas consequências desse acontecimento e que servirá como encerramento da história.

    Na trama, um confronto final entre He-Man e o Esqueleto extingue toda a magia de Eternia. Cabe a Teela encarar uma jornada perigosa para restaurar o equilíbrio no universo. Mas para isso, ela vai precisar aceitar a ajuda de antigas inimigas e encarar as feridas de um segredo devastador. O primeiro episódio é chocante! Nele conseguimos (de modo breve e eficaz) entender um pouco da mitologia de He-Man e acompanhar o confronto derradeiro que deixará os fãs de carteirinha abismados e os novos perplexos. O enredo criado por Kevin Smith (O Balconista), Marc Bernardin (Push) Tim Sheridan (Superman: Homem do Amanhã), Eric Carrasco (Supergirl) e a estreante Diya Mishra usa das situações apresentadas no primeiro episódio (identidades reveladas, confrontos e as consequências) para introduzir Teela como fio condutor da narrativa, ela é o coração deste novo projeto que é desenvolvido com muito carinho e Zelo por Kevin Smith (um fã declarado da franquia oitentista).

    A partir disso, a trama expande o universo da franquia e começa a desenvolver alguns arcos narrativos que nunca foram muito bem explicados, afinal o foco da franquia sempre foi o He-Man. Com uma fluidez narrativa e sendo bastante direto e objetivo, a série consegue introduzir durante os cinco episódios novos dilemas como o embate entre tecnologia x magia e promover alguns personagens de apoio ao protagonismo (às vezes, ele é momentâneo) que irá surpreender e revelar arcos antes nunca imaginados para personagens adorados como: Mentor e o seu conflito entre lealdade e paternidade, Gorpo é o peso das expectativas criadas sobre ele e a origem da maldade de Maligna. Mas calma, mesmo com essas mudanças a obra ainda consegue manter alguns elementos narrativos que marcaram como as piadas ingênuas e os personagens trapalhões, mas elas aparacem de modo bastante pontual. Os fãs que acompanharam a franquia, cresceram e sabendo disso o roteiro também eleva o tom, dando mais seriedade para algumas ações na trama.

    Quanto as questões técnicas, só temos elogios. O Design dos personagens é mais robusto e a equipe técnica dá um show ao construir cenas de ação épicas que farão o queixo cair. O estúdio, que também produz a série animada Castlevania, mescla muito bem elementos 3D com animação 2D e constrói um universo rico em detalhes visuais, sejam eles vistos nas cenas de luta ou apenas naquelas que os personagens precisam sair do ponto A para o ponto B. A trilha sonora é outro destaque que eleva as cenas de luta e contribuí muito para diversas outras cenas “simples” serem elevadas a outro padrão, como as cenas de transformação de Adam em He-Man, é impossível não se arrepiar.

    Se Mestres do Universo: Salvando Eternia possui alguma falha é no seu último episódio, que possui um Plot Twist, que não encaixa muito bem com o desenvolvimento apresentado e soa forçado demais, mas como essa é apenas a primeira parte, essa jogada é perdoável.

    “Pelos poderes de Grayskull” posso afirmar, novamente, que Mestres do Universo: Salvando Eternia é um entretenimento de primeira! Uma obra que fará a alegria dos fãs. Que venha logo a segunda parte dessa grande aventura.

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