ter, 16 setembro 2025

Crítica | Meu Amigo Totoro

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Meu Amigo Totoro (Tonari no Totoro AKA My Neighbor Totoro, 1988), dirigido por Hayao Miyazaki e produzido pelo Studio Ghibli, é uma animação que, em seus 88 minutos de duração, se apoia na simplicidade para construir algo duradouro.

A história acompanha duas irmãs, Satsuki e Mei, que se mudam com o pai para uma casa no campo enquanto a mãe está internada em um hospital. A mudança de ambiente, longe da cidade, abre espaço para descobertas, medos e encontros com criaturas que parecem saídas de um sonho — entre elas, Totoro, um espírito da floresta que se torna uma espécie de guardião silencioso.

O filme não tem pressa. Ele observa o cotidiano das meninas com atenção, valorizando os pequenos momentos: explorar o quintal, esperar o ônibus, lidar com a ausência da mãe. Miyazaki constrói tudo com delicadeza, sem precisar de grandes conflitos ou reviravoltas. A narrativa se desenrola como um dia de verão — com pausas, com brincadeiras, com aquela sensação de que o tempo pode se esticar quando se está longe das obrigações.

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A relação entre as irmãs é o centro da história. Satsuki, mais velha, tenta assumir responsabilidades enquanto Mei, mais nova, vive tudo com intensidade. A dinâmica entre elas é real, cheia de afeto e impaciência, como costuma ser entre irmãos. O pai é presente, mas ocupado, e a mãe aparece como uma figura distante, envolta em preocupação. Totoro surge como uma resposta a esse vazio — não como solução, mas como companhia.

O filme é rico em detalhes. A natureza é retratada com cuidado, desde as árvores até os insetos. Há uma sensação de que tudo ali tem vida própria. A animação não tenta impressionar em efeitos, mas sim, em textura e movimento. A trilha sonora de Joe Hisaishi acompanha esse ritmo com leveza, reforçando a atmosfera sem dominar a cena.

O filme não explica Totoro, nem os outros seres que aparecem. Eles existem porque as meninas acreditam neles, e isso basta. Essa escolha de não racionalizar o fantástico é uma das forças da obra. O mundo adulto está presente, mas não interfere. O foco está na infância, na forma como ela enxerga o mundo e lida com o que não entende.

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Em resumo, Meu Amigo Totoro, não tenta ser mais do que é. E talvez por isso tenha se tornado um dos filmes mais queridos do Studio Ghibli. Ele não oferece respostas, mas acolhe. É uma história sobre crescer, sobre esperar, sobre encontrar consolo em lugares inesperados. E, acima de tudo, sobre a possibilidade de que o mundo seja maior do que parece.

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