dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Meu Nome é Dolemite

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Edward Regan “Eddie” Murphy é um conhecido comediante, premiado ator, dublador, roteirista, produtor, diretor e músico americano. Na década de 90, Murphy (O Professor Aloprado) fez tanto sucesso que chegou a ser considerado na época o segundo ator de maior público nos Estados Unidos. O tempo passou é Murphy perdeu espaço em Hollywood. Bom amigos, ele voltou! E voltou com tudo! Estrelando Meu Nome é Dolemite, longa que conta à história de vida do comediante Rudy Ray Moore. Estrela da comunidade negra nos E.U.A nos anos 70. Eddie Murphy tem o melhor papel de sua vida e nós um filme maravilhoso pra assistir.

O diretor Craig Brewer (A Lenda de Tarzan) tinha uma difícil missão em suas mãos. Como contar a história de vida de Rudy Ray Moore? O diretor tinha dois caminhos:

A- fazer o básico das cinebiografias;

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B- Arriscar e fazer algo diferente.

Graças aos deuses Brewer resolveu optar pelo caminho B é conta a história de Moore com maestria, optando em focar na época em que ele era um simples vendedor e comediante de pouco sucesso que vê sua vida mudar quando começa a ouvir as histórias das ruas para renovar seu repertório, inserindo piadas sujas e repletas de palavrões. O que fez ele atingir um certo sucesso, porém o mesmo resolveu rodar por conta própria, acreditem, um filme estrelado por seu alter-ego Dolemite, um cafetão bom de briga que sabe lutar kung fu!!! Tenham certeza, essa história na mão de outro diretor com certeza seria um filme comum ou até mesmo um fracasso, porém temos um Brewer inspirado é que usa o colorido da década de 70 para criar uma atmosfera singular e contar essa verdadeira epopeia que foi a vida do comediante Rudy Ray Moore, que influenciou diversas gerações (sendo considerado o padrinho do Rap americano).

O roteiro escrito por Scott Alexander e Larry Karaszewski (Big Eyes: The Screenplay) é cuidadoso com sua narrativa, pois entende o peso da história americana que eles possuem em mãos e faz com que os fatos vistos na grande tela ocorram de modo orgânico, sem atropelos. Além disso, os roteiristas conseguem criar personagens cativantes (é quase impossível não torcer pelo protagonista e de sua trupe nesse filme), e retratar a época de modo único. Mas nada disso seria perfeito sem um elenco tão talentoso como o visto neste longa. Eddie Murphy está estonteante, ele é pura vibração nesse filme e merece – você nunca imaginou ler isso – uma indicação ao Oscar de melhor ator em 2020. Outro ator que merece destaque é… Wesley Snipes (Blade), sim o ator rouba a cena no papel do “diretor” do longa metido e “cheio de não me toque” que serve como crítica aos afrodescendente que estão esquecendo suas raízes. Num resumo sincero todo elenco está de parabéns por suas atuações! A trilha sonora também merece um destaque é acrescenta bastante ao filme em diversos momentos.

Meu Nome é Dolemite é uma declaração de amor aos sonhadores de todas as idades, um longa que mostra que quem trabalha e persevera conquista. Uma obra que irá melhorar o ânimo de quem assistir esse filme, e de brinde verá a melhor atuação da carreira de Eddie Murphy.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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