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Início Críticas Crítica | Missão Impossível – Acerto De Contas Parte 1 

    Crítica | Missão Impossível – Acerto De Contas Parte 1 

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    O cinema Hollywoodiano no geral, especialmente o gênero de ação, sofre com inúmeras tentativas de esticar franquias sem qualquer critério ou desculpa para justificar sua existência, apenas reciclando aquela ideia já saturada que fez bastante sucesso no primeiro/segundo filme. Felizmente existem franquias como John Wick, talvez a maior franquia de ação da última década, um verdadeiro marco da ação bem executada. E existe outra série de filmes, talvez com uma cronologia mais diferente do habitual, começando por três filmes totalmente diferentes e se consolidando em seu quarto filme. Obviamente se trata de Missão Impossível, ou melhor dizendo, Tom Cruise novamente entregando o blockbuster que o público merece ver no cinema.

    Missão Impossível 7 acompanha o agente norte-americano Ethan Hunt em missões altamente secretas e perigosas. Agora, no novo filme, Ethan e a equipe do IMF formada por Ilsa Faust, Benji Dunn e Luther Stickell recebem outra importante missão: eles devem rastrear uma nova e aterrorizante arma que, se cair nas mãos erradas, pode representar uma ameaça para toda a humanidade. Com o controle do futuro e o destino de todo o mundo em jogo, a equipe precisa partir em uma corrida frenética e mortal ao redor do planeta.

    É um filme que consegue equilibrar muito bem essa dose de adrenalina passada pelas 2h43 minutos de rodagem. É uma história apoiada na ação do filme, então para funcionar bem precisa de bom ritmo, montagem e coreografias convincentes, felizmente o longa apresenta de sobra. Ele executa de maneira interessante esse “ballet” de adrenalina, é uma junção de diferentes personagens, alguns com objetivos parecidos, outros nem tanto, no qual eles se cruzam e a ação frenética acontece. Exemplo disso é a fuga de Ethan e Grace por de um Fiat 500, onde eles estão sendo perseguidos pelos capangas do vilão, mas ao mesmo tempo por agentes do governo que o querem prender por conta do passado ilícito, e assim cria esse festival de acontecimentos. Um acaba ajudando o outro, que atrapalha e assim por diante, é um feliz aproveitamento da ação como solução desses acontecimentos.

    Outro exemplo é a cena do aeroporto que mistura perfeitamente tensão, comédia e constrói nitidamente um cenário de perigos eminentes. Por um lado temos o personagem do Simon Pegg literalmente desativando uma bomba recém descoberta(mistura brilhante de enigmas), no outro Ethan perseguindo Grace, uma aparente ladra ao acaso, e ao mesmo tempo sendo procurado por agentes. Nunca parece forçado esse passeio por diversas situações no mesmo ambiente, a imersão apresentada é louvável, a adrenalina traz a sensação do telespectador estar presente no filme.

    E outro feito é a direção do filme, o diretor Christopher Mcquarrie filma muito bem as cenas de ação aqui, ele demonstra uma intensidade e sagacidade boa com as situações absurdas surgidas com Ethan e seus parceiros. A utilização do prático e dos efeitos especiais é extremamente convidativa aqui, é óbvio que existem os momentos de CGI, mas o filme mistura tão bem esses dois elementos, não precisam esconder em uma cena muito escura ou disfarçada para encobrir os defeitos. Aqui tudo é nítido, bem feito e valorizado, como o cinema deve ser.

    Juntamente alinhado a direção, existe o fator “Tom Cruise” existente aqui. Aquele diferencial dele como ator e dublê em diversas etapas de sua carreira. Aqui não é diferente, a famosa cena dele pulando de moto da montanha, viralizada desde o ano passado em divulgação do novo filme já chamou a atenção em mais uma empreitada “suicida” do ator. Esse diferencial dele é um dos pontos altos do cinema blockbuster moderno, não só por ajudar a diminuir os efeitos de CGI na finalização do filme, mas juntamente colar com esse aspecto “realista” e exagerado da franquia. É algo sinceramente de se tirar o chapéu, e ainda mais percebendo o envelhecimento mais nítido do ator agora. Já tem o patamar de um dos maiores do gênero de ação no cinema.

    E nesses imparáveis momentos de Missão Impossível 7, o longa acompanha um bom elenco de suporte. A atriz Hayley Atwell é uma boa surpresa e ótima adição para a franquia, ela basicamente divide tela com o personagem Ethan Hunt, de maneira que ela apresenta seus próprios momentos de provação e tarefas impossíveis, e além disso, convence como “pickpocket”. Fora ela, Simon Pegg, Ving Rhames, Rebecca Ferguson e Vanessa Kirby, todos extremamente a vontade com seus respectivos personagens, principalmente os mais veteranos da franquia.

    Assim como em 2022, onde Tom Cruise nos apresentou Top Gun: Maverick. Em 2023 ele acerta de novo e salva o cinema, ou melhor dizendo, o gênero de ação/blockbuster de Hollywood. É um respiro junto com o novo John Wick que felizmente trouxeram um excelente trabalho de ação/adrenalina na montagem de suas respectivas cenas, e além disso, elevam o patamar para futuros filmes do gênero. É um filme onde vemos um ator literalmente se jogando de um penhasco em prol do cinema, do realismo, da imersão. É um amor pela sétima arte e performance que extrapola a tela e consegue atingir o publico.

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