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    Crítica | MMA – Meu Melhor Amigo

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                Dirigido por José Alvarenga Jr., é um filme comovente e significativo, que explora temas importantes como a inclusão social e a convivência com pessoas do espectro autista. Estrelado por Marcos Mion, que também participou na supervisão e argumento do roteiro, o longa é inspirado na própria experiência de Mion como pai de uma criança autista.

                A trama gira em torno de Max Machadada (interpretado por Marcos Mion), um renomado campeão de MMA cuja carreira é abruptamente interrompida devido a uma grave lesão no ombro. Desiludido, vive uma rotina de treinos sem entusiasmo e noites de festas e bebedeiras.

                Tudo muda quando Laís (Andréia Horta) surge em sua vida. Laís revela que Max é pai de um menino autista de 8 anos, Bruno (Guilherme Tavares), uma notícia que pega Max de surpresa e o deixa sem saber como lidar com a nova realidade. Max, que nunca teve que lidar com responsabilidades além de sua própria carreira, se vê confrontado com a necessidade de aprender a ser pai e cuidar de uma criança especial.

                A narrativa se desenvolve em torno da relação de Max com Bruno. Inicialmente, Max tem dificuldade em entender e se conectar com seu filho. A relação entre eles é tensa e marcada por desafios. Bruno, com suas particularidades e necessidade de rotina, exige uma atenção e paciência que Max ainda precisa desenvolver.

                Enquanto isso, Max continua se preparando para a maior luta de sua vida, uma última chance de retornar ao mundo do MMA e recuperar sua glória. A preparação e os treinos são intercalados com momentos íntimos e emocionantes entre Max e Bruno, mostrando o crescimento gradual de Max como pai e como indivíduo. A dinâmica entre Max, Laís e Bruno é central para o desenvolvimento da trama, e os três personagens evoluem de maneira significativa ao longo do filme.

                Max, ao longo do filme, passa por uma transformação tanto física quanto emocional. Sua relação com Bruno se fortalece à medida que ele aprende a lidar com as necessidades do filho, e os dois constroem um vínculo profundo e significativo.

                Algumas referências a filmes clássicos de luta, encontram-se presentes e poderão ser notadas pelo público, como a cena em que Max corre ao lado de um trem, evocando Rock Balboa e sua superação pessoal, bem como, a luta final que claramente se baseia no Grande Dragão Branco. E quanto as cenas de luta no filme, elas são amenizadas tornando-o o menos violento possível dentro do contexto a que se dispõe.

                Marcos Mion surpreende ao entregar uma atuação que oscila entre momentos canastrões e extremamente convincentes, mostrando sua capacidade de se transformar em um ator crível. Ao interpretar Max, nota-se claramente que Mion está se divertindo, muito provavelmente por se tratar de uma realização pessoal.

                Para incorporar o personagem, Mion submeteu-se a uma intensa preparação física, exibindo uma transformação impressionante para se adequar ao papel, treinando como um autêntico lutador de MMA. O veterano das telinhas e telonas, Antônio Fagundes, interpreta Fred Fontana, pai de Max, que o ajuda a perceber como o peso de suas decisões pode moldar seu futuro. Já Andréia Horta interpreta Laís, a cuidadora de Bruno e interesse amoroso de Max.

                O diretor José Alvarenga Jr. conduz o filme de maneira eficaz, equilibrando as cenas de ação, comédia e drama pessoal. O roteiro, co-escrito por Paulo Cursino e Marcos Mion, é bem estruturado e consegue interligar os diferentes elementos da história e reviravoltas de maneira coesa.

                O filme enfrentou uma controvérsia de plágio antes de seu lançamento, quando a roteirista Camila Rizzo acusou Mion e a produtora de violarem direitos autorais de ideias e conceitos desenvolvidos por ela no curta-metragem “Headway” de 2018. No entanto, a Justiça decidiu a favor de Mion, permitindo a exibição do filme. Esse incidente não deve diminuir o impacto da obra, que consegue tocar o público.

                O filme é educativo e comovente, servindo como uma ferramenta eficaz para discutir a inclusão social de pessoas autistas. Ele transmite uma mensagem poderosa sobre aceitação, amor e superação.

                Em resumo, “MMA – Meu Melhor Amigo” vai além do mero entretenimento, sendo uma obra educativa e comovente, que aborda a inclusão social de pessoas autistas de maneira sensível e realista, proporcionando ao público uma reflexão importante sobre as relações familiares. É um filme que merece ser assistido e que certamente contribuirá para aumentar a conscientização.

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    ANÁLISE GERAL
    NOTA
    critica-mma-meu-melhor-amigo             Dirigido por José Alvarenga Jr., é um filme comovente e significativo, que explora temas importantes como a inclusão social e a convivência com pessoas do espectro autista. Estrelado por Marcos Mion, que também participou na supervisão e argumento do roteiro, o longa é...
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