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Crítica | Monstros no Trabalho

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Depois de anos ganhamos uma sequência de Monstros S.A., a escolha da Pixar foi produzir uma série animada, chamada Monstros no Trabalho que irá contar a história de Tylor Tuskmon, ele sempre sonhou em ser um assustador. Mas, quando finalmente consegue seu tão almejado emprego na Monstros S.A., descobre que assustar não está mais na moda. Os risos de criança abastecem agora a cidade de Monstrópolis. Enquanto tenta se tornar um brincalhão, ele trabalha ao lado de um grupo de mecânicos desajustados. se passa após os acontecimentos vistos no filme. O resultado dessa escolha você confere aqui.

Disney+ / Divulgação

Os 10 episódios da série animada estão banhados em nostalgia, alguns episódios tem mais elementos nostálgicos (o primeiro e o último) e outros menos, mas no geral a série se prende ao sentimento de saudosismo. Revistar Monstrópolis e mostrar o que aconteceu com Mike e Sully, após a descoberta de que o riso é uma fonte de energia melhor do que o susto, foi uma boa ideia do roteiro. Que usa bem, os diversos personagens da animação original, oferecendo a eles um bom tempo de tela. O que não funcionou tão bem foi a mescla desses personagens antigos e já conhecidos com os novos personagens. Não que os novos personagens não sejam carismáticos. Eles são, mas a divisão narrativa que acontece em alguns episódios não funciona. A sensação que fica é que estamos vendo duas produções diferentes que se passam no mesmo universo. Uma focada nos novos personagens e outra focada nos antigos. Essa focada em Mike e Sully, funciona melhor. As situações, confusões e interações entre esses personagens acontecem de modo mais natural e interessante. Já a trama que apresenta os novos personagens demora para engrenar, talvez com mais episódios ou com uma duração maior esse problema fosse resolvido, mas as história, no geral, são satisfatórias dentro das suas propostas.

A série animada é leve e despretensiosa na sua narrativa e cria situações de emergência que são bem pontuais, tudo acontece no melhor estilo sitcom, a problemática do episódio começa e termina neste mesmo episódio. O humor característico da animação original está mantido e adiciona situações propositalmente “pastelonas” para arrancar o riso de modo fácil e algumas funcionam, mas o humor ácido também está presente em doses pequenas. A duração dos episódios é curta, mas satisfatória. Falar que é a qualidade técnica da Pixar na série animação é espetacular e tecer milhões de elogios seria chover no molhado. Mas é preciso frisar que a obra é tecnicamente impecável, os monstros apresentados tem visuais criativos e tudo é muito bem feito neste quesito. A dublagem brasileira, novamente é um destaque e não deixa a desejar quando comparada a original.

Monstros no Trabalho mistura passado e futuro numa animação tecnicamente perfeita, mas que peca pelo ritmo, em especial quando foca suas atenções nos novos personagens. Assista, nem que seja só para matar a saudade.

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