seg, 22 abril 2024

Crítica | Moxie: Quando As Garotas Vão À Luta

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AVISO IMPORTANTE

Recomendamos que você escute a trilha sonora de Moxie enquanto lê essa crítica!

Agora vamos lá. Falar desse filme que inicialmente parece uma história comum de uma adolescente norte-americana. Mas logo se prova muito mais profundo, reflexivo e necessário.

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Inspirado no livro Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta, de Jennifer Mathieu, o filme conta a história da Vivian (Hadley Robinson), uma adolescente de 16 anos que passa a se questionar sobre a cultura da escola com a chegada da caloura Lucy (Alycia Pascual Peña), uma jovem, negra, feminista e empoderada.

Vivian e sua melhor amiga, Claudia (Lauren Tsai), são muito introspectivas e por estarem acostumadas com aquele sistema opressivo, sempre viveram em uma bolha. O momento em que Vivian desperta e resolve estourar a bolha é quando uma “lista” de garotas é divulgada na escola. Percebemos uma referência ao Livro do Arraso de Meninas Malvadas.

Reprodução/ Moxie – Netflix

Ao explodir essa bolha e passar a observar certas situações da escola, Vivian conversa com a mãe, Lisa Carter (Amy Poehler) que conta sobre sua adolescência na escola, onde praticava protestos feministas e escutava muito punk feminino dos anos 90, como Bikini Kill. E onde mais já ouvimos essa banda antes? Em 10 Coisas que Eu Odeio em Você. Além de Bikini Kill a trilha sonora tem várias bandas de punk, rock e indie femininas, incluindo a brasuca CSS (Cansei de Ser Sexy).

Mesmo seguindo as referências de filmes clássicos dos anos 90 e 2000, Moxie é muito autêntico. Amy Poehler além de atuar, também dirige o longa, e aborda o feminismo de uma forma muito honesta.

Ao criar o Moxie, um fanzine anônimo sobre feminismo, igualdade de gênero e que também serve de desabafo contra o sistema que fecha os olhos para casos de assédio. Vivian passa a se aproximar de outras garotas, com personalidades, etnias e culturas completamente diferentes, mas que se respeitam e se apoiam, afinal todas elas possuem o mesmo objetivo: a igualdade de gênero.

Reprodução/ Moxie – Netflix

O enredo se passar em uma escola é uma amostra do que a sociedade passa todos os dias. Onde mulheres são desrespeitadas em ambientes de trabalho, onde mulheres negras são julgadas por sua aparência, onde as vozes pedindo socorro são caladas. Um exemplo disso é o paralelo que o filme faz entre os times da escola, o feminino se dá muito melhor nas competições e mesmo indo para as finais, não consegue a verba para os uniformes pois a escola só se preocupa com o time masculino, que possui desempenho muito inferior. Por que será?

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Os personagens do filme são todos muito bem construídos, até mesmo os com pouco tempo de tela. Lucy, a amiga empoderada, serve como um farol que guia a protagonista por esse novo caminho. Vivian em seus altos e baixos, com seu sentimento de revolta crescendo dentro de si até o momento em que ela percebe que exageros podem fazer muito mal. A melhor amiga que prova que não precisam agir exatamente igual para continuarem amigas. E o “vilãozinho”, Mitchell (interpretado por Patrick Schwarzenegger, filho do astro Arnold Schwarzenegger) que desperta nosso ranço apesar de seu charme. 

Reprodução/ Moxie – Netflix

Só mulheres podem assistir esse filme? Obviamente que não! Inclusive o namorado de Vivan, Seth (Nico Hiraga) serve como contra ponto. Um garoto que apoia a causa, que se orgulha de todo o movimento, mas que também está aprendendo, se questiona sobre o que pode ser ofensivo e também serve de alerta para Vivian quando ela passa dos limites. 

Moxie é um filme despretensioso, com um roteiro muito bem feito e, com toda sua simplicidade e honestidade, nos prende em sua história. Facilmente nos identificamos com as situações ali apresentadas e sentimos as emoções das personagens na própria pele.

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