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    Crítica | Mulher-Maravilha

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    Em Temiscira, vivem as Amazonas. Grupo de guerreiras, que vivem nesse local sem a presença de homens, treinando seus golpes de guerra para o caso de o pior acontecer, ou seja, uma invasão de pessoas que vivem fora do ambiente. A ilha tem uma proteção, criada por Zeus, que elimina a visibilidade de quem está de fora. E o que há fora da ilha? O mundo real. A Primeira Guerra Mundial está ocorrendo, e milhões de pessoas estão perdendo a sua vida.

    Nessa desordem, Steve Trevor, piloto das forças armadas britânicas, cai (literalmente) na ilha e é salvo por Diana, princesa de Temiscira. Lutando sempre pela vida e pela verdade, Diana decide abandonar as Amazonas e ir à guerra, juntamente com Trevor.

    Mulher-Maravilha
    A história de origem da Mulher-Maravilha ocorre de forma simples, levando sempre o espectador para dentro da trama, já que Diana não conhece os seus poderes, e a cada descoberta dela, é um brilho nos olhos de quem assiste ao filme. Patty Jenkins, a diretora do longa, optou por filmagens em ambientações claras, na maior parte do filme, que acaba com o problema do sombrio e realista, e leva à tela um filme divertido e engraçado.

    O roteiro é muito bem escrito. Sabe dosar os momentos engraçados, as cenas tensas e as histórias que devem ser contadas para incluir o expectador na história; não há interrupções de cenas importantes para piadinhas (ainda bem). A direção da fotografia sabe captar as movimentações nas cenas de ação muito bem, mas aí está um problema do filme. O excesso de tomadas em câmera lenta, apesar de mostrar mais detalhes, terminam contendo o ritmo de certas cenas e incomodando o espectador.


    A Mulher-Maravilha de Gal Gadot, juntamente com Chris Pine (que interpreta Steve Trevor) têm uma sintonia incrível e a evolução dos personagens acontece de forma super espontânea. Os vilões do filme entram por completo no contexto vivido pela história. Ares, deus da guerra, é a provável causa para todos os problemas que geram os combates internacionais; e a Doutora Veneno (Elena Anaya), que é incluída como o motivo para o uso de armas químicas (fato que ocorreu, pioneiramente, na Primeira Grande Guerra).

    O filme, desde a primeira cena até a última, deixa claro a sua mensagem feminista. Todas as cenas de combate envolvendo as Amazonas; o fato de ela ser uma exceção e destoar das mulheres da época; as piadas feitas pelos homens, cujas respostas dadas por Diana calavam-nos; e, principalmente, por mostrar uma mulher que, apesar de todos os preconceitos e barreiras impostas pela sociedade, pode mudar o mundo. Ninguém melhor para fazer isso, senão uma equipe com grande diversidade, uma diretora incrível e a personagem cuja personalidade e força são difíceis de ser encontradas em muitos heróis.

    Mulher-Maravilha cumpre com êxito o que propõe e devolve aos fãs da DC a esperança de um bom futuro para o seu Universo Cinematográfico.

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