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    Crítica | Nada de Novo no Front

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    “A Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, se matam, por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam.” (Erich Hartman)

    Nada de Novo no Front (Original: All Quiet on the Western Front) é o mais novo épico de guerra da Netflix. O filme é baseado no romance escrito por Erich Maria Remarque, de 1929, ele narra as experiências traumáticas de Paul Bäumer, um jovem soldado recém-chegado no exército alemão enquanto ele luta por sua vida durante a 1ª Guerra Mundial. Essa e a prmeira versão Alemã do filme para os cinemas.

    No cinema ocidenteal temos mais familiaridade com filmes que retratam a segunda grande guerra e a demais guerras posteriores, que de fato, a primeira. E o filme nos leva a ter sentimentos diversos com o decorrer da história de Paul Bäumer (Feliz Kammerer), um jovem soldado alemão, apaixonado pelo país e além de pronto, muito feliz em poder serví-lo na guerra.

    E aqui o conceito de felicidade remete a imaginação do que uma glória de vida ou de conquista pode trazer antes de se confrontar com a realidade. Por se tratar da primeira grande guerra, de fato, os soldados não fazem ideia do que poderiam ou irão enfrentar em campo de batalha, vivendo apenas das glórias contadas de seus superiores de confrontos anteriores.

    Netflix / Divulgação

    A paixão nacionalista (não só alemã, mas com foco no fime nela) é mostrada nos primeiros e lindos minutos iniciais do filmes. A fotografia desde o primeiro momento até a conslusão é explêndida. E é nessa visão deslumbrante de vida no início do filme que Bäumer se vê junto aos amigos rumo á glória no confronto. Até que a relidade lhes bate com todo força de um tanque, deixando também nós espectadores desnorteados.

    O filme cria o ambiente perfeito de angústia, confusão e fúria que passamos a não saber mais se em algum momento Bäumer vai conseguir ter algo além de sofrimento.

    Dirigido por Edward Berger, conhecido pelo seu trabalho na minissérie “Patrick Melrose”, e que controla a narrativa do soldado sem fé pelos campos alemães, é impecável. O filme ainda conta com Daniel Brühl, famoso por Bastardos Inglórios, que interpreta o político Matthias Erzberger, um dos que tentam concluir o Armistício da forma mais rápida possível devido ao númermo enorme de vidas alemãs perdidas.

    Apesar de poucas cenas, a estrtutura do Armistício serve para mostrar também que as lideranças do conflito só entendem que a vitória é importante, não importa onde e quantos morram para conseguí-la. Fazer política com a vida das pessoas era apenas um “esforço comum” em busca do mérito pessoal junto a nação.

    O filme claro é pesado e indigesto, que trasnforma o sentimento de angústia em algo tão intrínseco ao personagem que nos faz pensar que cada pequena alegria do dia a dia seria um sonho de felicidade para ele. Mas também e um filme lento. Quando se pensa em guerra faz-se tudo a urgência da sobrevivência. Aqui não, o tempo passa a correr pra mostrar realmente que cada SEGUNDO na guerra é uma tortura gritante e eterna.

    Por esse lentidão, ações são construídas com calma, e em todas elas, desde as mais simples até as mais emblemáticas e sofridas são sempre extremamente angustiantes, como de fato é um campo de batalha.

    Nada de Novo no Front nos mostra que os conflitos só são realmente sofridos por quem está lá, em batalha, se mantendo numa guerra, que nada mais é do que uma máquina de moer gente.

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