sáb, 19 abril 2025

Crítica | Nas Terras Perdidas

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É um filme que mescla muito bem essa integração do digital, bastante exagerado, porém em ótimo trabalho na hora de juntar o prático com o CGI. Não só na questão óbvia de ser visualmente bonito, mas apresentar um diferencial ao conseguir ser nitidamente um fundo verde e ainda sim entregar algo vivo em tela.

Muito por conta do planejamento comentado pelo próprio diretor ao definir todos os detalhes digitais antes de gravar a cena prática com o elenco, para não parecer tão falso ou mal montado. E remete bastante os outros trabalhos do diretor, não só aumentando mais a carga do digital aqui, mas trazendo essa fantasia assumida e exagerada que abraça o conto de George R.R. Martin.

Baseado em um conto de George R.R. Martin e dirigido por Paul W.S. Anderson, NAS TERRAS PERDIDAS conta a história de uma rainha (Amara Okereke) que, em um ato ousado, envia a poderosa e temida feiticeira Gray Alys (Milla Jovovich) para as enigmáticas “Terras Perdidas”, em busca de um poder mágico capaz de transformar uma pessoa em um lobisomem. Ao lado do misterioso caçador Boyce (Dave Bautista), que a acompanha na luta contra criaturas sombrias e inimigos implacáveis, Gray Alys embarca em uma jornada por um mundo
sombrio, repleto de mistérios e perigos.

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Durante o filme, ele encarna uma jornada bastante voltada ao RPG/Videogame com cenários com nomes distintos e com os próprios desafios de cada local. E fora isso, os relacionamentos vão sendo construídos e questionamentos sobre os rumos que as coisas vão tomando. A passagem do tempo representada por cada inserção de um pedaço da lua cheia de aproximando é belíssimo. E o mapa gigantesco em tela e com nossos protagonistas explorando ele é prazeroso.

E a mitologia, por mais que simples e direta, é interessante ao abordar religião, violência, culpa, que o filme passa ao longo da jornada. ” Nas Terras Perdidas” emula um Mad Max de Paul W.S. Anderson não só no visual, mas nas pouquíssimas informações que temos sobre o que aconteceu com o mundo. Tudo é resumido com boa parte do mundo tomada por criaturas, monstros e uma alta violência como resposta de tudo. E a própria representação da igreja com seus seguidores, lembrando bastante os War Boys e suas loucuras ao longo da estrada, aqui emulado por um trem insano que busca a bruxa e o caçador.

Claro que por mais que tenha essa ausência de contexto, e que se torna até um charme pra mitologia. Existem dois momentos, mais pro final, que se apegam com flashbacks e uma recordação dos eventos para resumir tudo o que tinha acontecido até então. Algo bem desnecessário e praticamente questionando a capacidade do espectador em prestar atenção à história. Nada que prejudique a experiência.

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E a química dos dois atores é acertada, funcionam mais pela imagem e representação do que alguma motivação interessante em tela. O lado da bruxa em apenas realizar os desejos pois segundo ela é sua maldição acaba deixando o mistério de tudo ainda maior. Enquanto o caçador é esse ser que move grande parte da história e missão, e sendo a causa e solução. E o longa consegue casar a química dos dois atores, trazendo algo relacionado com o que conseguem entregar de bom para seu nível técnico.

E é impressionante o que o diretor entrega aqui, não pela história ou personagens, mas por essa energia viva se utilizando tanto de cgi, é realmente deslumbrante o visual do filme. Remetendo as clássicas aventuras de fantasia e seus contratos de luz tão descarados e honestos. Mesmo que um pouco preso nessa dinâmica de conto e certas insistências em explicar as coisas, “Nas Terras Perdidas” entrega uma fantasia/western divertida, exuberante visualmente e com uma história redondinha.

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