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    Crítica | Navalny

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    Navalny, a obra indicada e premiada com o Oscar de Melhor Documentário de Longa-Metragem, retrata ao público a luta de Alexei Navalny, ex-candidato presidencial e grande opositor do governo Putin, muito conhecido por suas revoluções e protestos. O longa conta a trajetória política do advogado, que fazia denúncias de corrupção no governo russo, até o momento de sua prisão.

    A obra é direta em seu dever e é assertiva em um ponto valioso: mostrar a visão da situação política russa de quem entende bem da situação política russa e a vivência todos os dias, e não de opiniões ou visões deturpadas de rivais. Vemos de perto a criticidade dos acontecimentos, desde a tentativa de envenenamento que Alexei sofreu, até o momento de sua prisão, vemos a repressão materializada em uma obra cinematográfica, e acima de tudo, a grande exposição do governo Putin.

    O acompanhamento dos fatos, explicação de todas as investigações e narrativa do documentário é realmente digna de um vencedor do Oscar. Com uma linearidade impecável e a capacidade de trazer ao entendimento coisas que o público ainda poderia ter como desconhecido revela muito sobre como o roteiro foi pensado não somente para o público com interesse na situação política russa, mas todo o público que precisa ter o mínimo de conhecimento da situação do que se passa no país.

    Felizmente, em momento algum o filme deixa o seu espectador — até mesmo o menos sabedor — perdido nos fatos ou especulações. A forma como a investigação de suspeitos, a apuração de provas, a exposição de conhecimento, tudo é calculado é bem feito para ser assistido quase como entretenimento de tão intrigante e cativante.

    Em aspectos técnicos o filme em momento algum deixa a desejar. A direção de filmagem entrega tudo que promete, captando cenas fortes, de maneira forte e com sentimentos fortes. Tudo é tão bem trabalhado que é até difícil apontar erros ou exageros.

    Dito isto, é inegável que o longa é digno de sua premiação na maior premiação da arte do cinema, uma vez que são tão pequenos os seus erros.

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