Paulinho Gogó é conhecido por contar histórias mirabolantes. Sentado no banco da praça, ele fala sobre as aventuras que afirma ter vivido ao redor do Brasil. O personagem, que por 16 anos fez parte da Praça é Nossa no SBT, agora ganha as telinhas da Amazon Prime em uma comédia delirantemente ruim.
Sim, o filme é ruim e parece muito mais uma esquete alongada do programa de Carlos Alberto de Nobrega (que faz uma breve participação), do que um longa. A produção usa uma sequência lógica de fatos para apresentar o seu protagonista e contar a sua origem. Isso não seria um problema se a trama não repetisse tanto, nas histórias e piadas. A mesma piada aparece várias vezes no longa, uma vez é engraçado, cinco vezes não! Um exemplo é a piada com o ventilador e outras que se repetem e se repetem e você entendeu. O personagem, possui um linguajar peculiar e diverte ao comer algumas sílabas e mudar o sentido de algumas palavras. Mas apenas isso num filme de 90 minutos e muito pouco para entreter o público. É necessário mais que isso, é o filme oferece pouca coisa no quesito originalidade. O longa em alguns momentos parece mais uma paródia de Forrest Gump, do que uma história de origem, antes fosse uma paródia, assim entenderíamos a falta de originalidade.
No longa os destaques são: Cacau Protássio (Vai que Cola – O Filme), que rouba as cenas na qual participa como a mítica Nega Juju e possui uma ótima química com Maurício Manfrini (Os Farofeiros) e o próprio Manfrini, que mesmo com o texto pobre e pouco inspirado do roteirista Paulo Cursino (O Candidato Honesto), ainda consegue arrancar alguns sorrisos com o seu carisma. Os demais atores entram e se vão aleatoriamente e pouco acrescentam a trama.
No Gogó do Paulinho é um filme de origem sobre um personagem querido da TV, que infelizmente pouco entretém. Parafraseando Gogó: “Fato venéreo: esse filme cinematográfico é cem… muito cem graça”.