Simples, previsível, porém divertido, “O Grande Mauricinho” nos traz a história de Maurice,um gato trapaceiro que com a ajuda de um falso flautista mágico e ratos com esperança de vidas melhores aplica golpes em pequenas cidades com cidadãos ingênuos. Um dia ao encontrar uma cidade envolta em um estranho mistério e uma garota obcecada por livros e contos, eles são levados a desvendar o mistério que assombra essa cidadezinha.
O filme cumpre bem com sua proposta de ser um filme infantil com uma história divertida e engraçada para entreter o público, com piadas leves, uma história de fácil compreensão e personagens divertidos, transparentes e cativantes. A história traz em si uma lição de moral, assim como qualquer filme infantil, e se juntar ao fator “animais falantes” pode até se enquadrar como uma fábula, mas não traz nenhuma complexidade ou significados ocultos.
Por mais que traga uma mensagem sobre liberdade e igualdade, como já foi dito, o filme foi feito para agradar um público mais infantil, e nisso ele se garante com sua história cativante e cheia de vida. Mas diferente da maioria das animações lançadas nos últimos anos, o filme não tem compromisso nenhum em agradar um público mais adulto. Ele é simples e previsível, sem grandes apelos emocionais que tem feito tanto sucesso, é apenas um filme infantil feito para crianças, e isso não é algo ruim, por mais que limite o público alvo.
A animação é leve e fluída, os desenhos são muito agradáveis e bem feitos, e os visuais conquistam e trazem vida para a tela.
O fator mais divertido e de maior destaque do filme com certeza é a quebra da tão famosa quarta parede. Os personagens (em especial Marina), além de narrarem a própria história, ainda conversam com o espectador de forma direta durante todo o filme, o que traz um ar descontraído em cenas mais tensas como de ação e diálogos relevantes.