qua, 24 abril 2024

Crítica | O Mistério do Relógio na Parede

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Leia esta sinopse e diga qual o primeiro filme que vem a sua cabeça: “Um jovem de apenas 10 anos, perde os pais e vai morar com o seu desconhecido tio. O que o jovem não tem ideia é que seu tio e sua vizinha da casa ao lado, são, na verdade, feiticeiros. É juntos precisam combater um mal que pode destruir o mundo.”

Aposto que você deve ter ao menos pensado em Harry Potter. Bom você errou, a sinopse acima se trata do livro O Mistério do Relógio na Parede, que nas mãos de Eli Roth (Bata Antes de Entrar) se transforma basicamente em um filme de terror para crianças. E quem mais indicado para dirigir um filme de terror do que Roth? O diretor tem seus melhores momentos justamente quando mostra sua faceta “maléfica” e produz boas cenas que irão aterrorizar a gurizada.

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Para minimizar o terror, Roth escala Jack Black (Goosebumps: Monstros e Arrepios) para os momentos de descontração da trama (afinal, o filme tem como seu público alvo as crianças). Com isso Roth consegue equilibrar terror e comédia, obtendo um resultado encantador.

A casa, onde se passa boa parte da trama, é quase um personagem, um resumo dela seria a junção de Hogwarts com A casa Monstro. Um belo trabalho da direção de arte. A casa é bem explorada e rende algumas boas surpresas, como alguns monstrinhos que irão divertir a criançada.

O restante do elenco está cativante. Owen Vaccaro (Pai em Dose Dupla) é adorável e encanta. Sunny Suljic (A Casa do Silêncio) convence como o “guri boa praça” com segundas intenções. O vilão Kyle MacLachlan (Twin Peaks) tem uma boa motivação e mesmo com pouco tempo em cena, assusta. Destaque também para a maquiagem feita, deixando-o irreconhecível. Mas quem rouba as cenas é o casal Black e Cate Blanchett (Thor: Ragnarok). A química de ambos é surreal e irá arrancar boas risadas. As cenas deles são ótimas e elevam o filme. Uma boa escolha do diretor.

Mas nem tudo é perfeito. Algumas cenas em CGI, estão bem mal acabadas, o que destoa da trama (a cena das abóboras é um exemplo). O terceiro ato também é aquele velho clichê da luta do bem contra o mal.

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Em resumo, O Mistério do Relógio na Parede tem seus melhores momentos nas cenas de terror dirigidas por Roth e na dupla Black e Blanchett. Mesmo com suas falhas consegue ser um bom filme. Resta saber se os pequenos irão se apaixonar, como se apaixonaram há tempos atrás por um certo bruxinho inglês, para que possamos ver novas aventuras.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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