sáb, 27 abril 2024

Crítica | O Mundo Depois de Nós

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Já parou para pensar o quanto o ser humano é dependente da tecnologia nos dias atuais? A sociedade vive em uma era onde tudo é feito de forma digital: conversas, transferências bancárias, entretenimento, enfim, muitas outras coisas, e normalmente sempre dependente da internet.

Mas e se algum dia tudo isso acabasse? O celular não teria mais sinal, as televisões não funcionariam, e todo tipo de tecnologia simplesmente parasse de funcionar abruptamente. Essa é a premissa de O Mundo Depois de Nós, novo thriller da Netflix estrelado por Julia Roberts, Mahershala Ali e Ethan Hawke.

Na trama, o casal estadunidense Amanda e Clay Sandford (Roberts e Hawke) e seus filhos Archie e Sara (Charlie Evans e Farrah Mackenzie) decidem subitamente passar alguns dias em uma casa alugada, longe de toda a muvuca da cidade grande.

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No entanto, a estadia aparentemente tranquila é abalada quando dois estranhos, G.H. e Ruth (Ali e Myha’la), batem à porta. Não o bastante, um ciberataque misterioso acontece no país, deixando todos os aparelhos digitais instáveis ou até mesmo inutilizáveis. À medida que eventos estranhos vão acontecendo, o casal começa a perceber que a situação está tomando proporções possivelmente apocalípticas.

A direção do longa é comandada por Sam Esmail, o criador da aclamada série Mr. Robot, e logo de cara percebe-se que há um domínio na construção do suspense durante a narrativa. Em termos de prática, o diretor opta por brincar com as câmeras de forma bem lenta, prezando bastante pela horizontalidade e por planos abertos, seguidos de um zoom-in em cena ou um zoom-out quando deseja mostrar algo grandioso acontecendo em tela.

Julia Roberts, o grande chamariz da produção, convence como uma personagem apática e anti-social, que preza apenas pela sua família e mais ninguém. Ela funciona muito bem quando está em cena junto com Ethan Hawke e Mahershala Ali, que também entregam ótimos desempenhos. A atriz Myha’la, de Morte Morte Morte, consegue roubar algumas cenas, principalmente ao contracenar com Roberts – há uma inquietação entre as personagens que instiga a querer ver mais delas juntas.

O roteiro consegue equilibrar momentos de angústia e ansiedade com o desenvolvimento dos personagens ao decorrer de seus 140 minutos de duração, tornando o ritmo do filme agradável de ser acompanhado e não tão cansativo. Apesar disso, percebe-se um certo apressamento durante o terço final, que não chega a ser um defeito, mas pode dividir a opinião de alguns espectadores por ter um final um pouco “inconclusivo”.

Dito isso, O Mundo Depois de Nós é uma boa adição da Netflix e um dos melhores filmes do gênero suspense do ano. Com um roteiro intrigante e um elenco de peso, é esperado que a produção seja mais um sucesso de fim de ano no catálogo do streaming, e claro, que outros longas semelhantes sejam desenvolvidos para agradar ao público.

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