dom, 22 dezembro 2024

Crítica | O Mundo Sombrio de Sabrina

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Ao completar 16 anos, a meia bruxa Sabrina Spelmann se vê em meio a um dilema: tornar-se inteiramente bruxa através do seu batismo sombrio e afastar-se de seus amigos mortais, ou renunciar ao batismo, continuar mortal e abrir mão de seus poderes como bruxa? Ganhar mais poderes e servir ao Senhor das Trevas ou abrir mão dos privilégios e ter liberdade?

Essa é a versão Netflix para a antiga série dos anos 90 Sabrina: Aprendiz de Feiticeira. Algumas características permanecem, como o gato Salem, o drama e o humor adolescente que são peças chave da trama. Porém, em O Mundo Sombrio de Sabrina, a nossa protagonista ressurge muito mais empoderada, forte, determinada e idealista.

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Com suas boas intenções e temperamento impulsivo, Sabrina acaba por se meter em situações complicadas, o que gera uma curiosidade por parte do público em relação aos desfechos.

Sabrina conta sempre com o apoio das tias Zelda (a tia devota fervorosa da Igreja da Noite, vista como fria, mas extremamente zelosa com sua família), Hilda (a tia carinhosa, conselheira, que não mede esforços para ajudar a sobrinha, usando muitas vezes de meios duvidosos), e o primo Ambrose (que está em prisão domiciliar e se mostra um parceiro leal que não hesita em puxar a orelha da prima quando necessário).

Outros personagens que merecem destaque, são as amigas mortais Susie e Roz e o namorado Harvey. Cada um com suas questões que são exploradas ao longo da série e interligam o mundo mortal ao mundo sombrio. As Irmãs Estranhas Prudence, Ágatha e Dorcas, que são como as Meninas Malvadas na Academia de Artes Ocultas. O sedutor Nick, que forma um triângulo amoroso entre Sabrina e Harvey. A professora Sra. Wardell, que tem um lado oculto na trama e que muitas vezes manipula Sabrina. E também o Sumo Sacerdote da Igreja da Noite, Faustos Blackwell, um “Papa” sombrio que fala em nome do Senhor das Trevas e presa pela obediência e conservadorismo no mundo sombrio.

A série trata de muitos assuntos atuais como empoderamento feminino e bullying. Não pude deixar de notar o estilo de Sabrina, que tem muito apelo fashion (o público antenado em moda com certeza vai se inspirar).

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Como ponto negativo vale ressaltar que, o Salem da série não fala, logo não tem tanto destaque como em Aprendiz de Feiticeira, porém o primo Ambrose desempenha muito bem o papel de conselheiro sarcástico e melancólico.

Confesso que levei alguns (vários) sustos no decorrer da trama, mas apesar da série ser rotulada como terror, acredito que conquiste também o público que não seja fã do gênero, pois não é o tipo de terror que cause pesadelos, por exemplo. Se fosse possível, descreveria como um terror leve.

No mais, O Mundo Sombrio de Sabrina atende muito bem as expectativas. Desperta interesse desde o início, consegue entreter até o fim, nos deixa órfãos ao terminar e nos faz aguardar ansiosamente pela próxima temporada.

O Mundo Sombrio de Sabrina faz parte do catálogo da Netflix.

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Dayana Maia
Dayana Maiahttps://estacaonerd.com
A louca das séries e filmes. Apaixonada pelo universo Marvel e DC (não sou capaz de escolher um só), indie rock, livros, games e café. Aguardando a abdução alienígena.
Ao completar 16 anos, a meia bruxa Sabrina Spelmann se vê em meio a um dilema: tornar-se inteiramente bruxa através do seu batismo sombrio e afastar-se de seus amigos mortais, ou renunciar ao batismo, continuar mortal e abrir mão de seus poderes como bruxa?...Crítica | O Mundo Sombrio de Sabrina