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Início Críticas Crítica | O Mundo Sombrio de Sabrina: Parte 4

    Crítica | O Mundo Sombrio de Sabrina: Parte 4

    Netflix/Divulgação
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    O anúncio de cancelamento de O Mundo Sombrio de Sabrina pegou os fãs e os próprios atores de surpresa. A Netflix anunciou que a Parte 4 seria a última temporada, por isso os roteiristas (que desejavam mais temporadas) tiveram que fazer adaptações e dar uma conclusão para a série. 

    Cartaz de Divulgação: Netflix / Reprodução

    A Parte 3 contou com um evento determinante para o enredo da Parte 4. A bruxinha viajou no tempo e, com toda sua impulsividade, decidiu que duas Sabrinas (Kiernan Shipka) permaneceriam na mesma linha do tempo, a Spellman que vive na Terra junto com sua família e seus amigos, e a Estrela da Manhã, filha de Lúcifer, rainha do Inferno. Diferentemente da série Sabrina, Aprendiz de Feiticeira, que possuía uma irmã gêmea do mal, a Katrina, aqui nós temos as duas personalidades de Sabrina, porém as duas se tornam “melhores amigas secretas pra sempre” . Essa relação é um dos pontos fortes da temporada, trazendo cenas divertidas, mas também diálogos mais emotivos. Lembrando que Sabrina é apenas uma menina de 16 anos que quer ser feliz.

    Sabrina: Netflix / Reprodução

    Além do paradoxo temporal, essa última temporada apresentou uma ameaça muito maior e mais apocalíptica, Os Terrores do Sobrenatural. Esses terrores são oito entidades que existem desde antes da existência de Céu, Terra e Inferno. Por causa desses terrores, a estrutura da série foi um pouco diferente das anteriores, seguindo o estilo de “um vilão por episódio”, mas mesmo parecendo clichê, os episódios são bem dinâmicos, os acontecimentos não se atropelam e também permitiu resolver várias questões ficadas em aberto nas temporadas anteriores. 

    Uma das coisas que mais me deixou intrigada e que ficou sem resposta, foi o destino da criatura que saiu do ovo que causava efeitos no tempo. 

    No decorrer dos episódios, conforme os Terrores do Sobrenatural iam causando em Greendale, várias questões que tinham ficado em aberto nas temporadas anteriores foram se encaixando. Personagens que entraram na terceira temporada tiveram mais destaque, como Robin e a Mambo Marie. A Roz, que sempre foi muito importante para o desenvolvimento da Sabrina, teve o seu próprio desenvolvimento. Mas em compensação, outros personagens que foram muito importantes anteriormente, como Lúcifer e Caliban, acabaram ofuscados perante essas novas ameaças. O próprio Nick, que era o jovem bruxo mais importante do coven, acabou ficando de lado. Mas todos os roteiristas mantiveram a essência de cada personagem, respeitando suas personalidades. 

    Rosalind Walker, Prudence, Mambo Marie: Netflix / Reprodução

    Esta temporada é um deleite para os fãs. Em um dos episódios, a família Spellman se fantasia com personagens de terror e a nossa bruxinha usa o mesmo look da Sabrina dos quadrinhos. Além dessa referência sutil, há um episódio inteiro em homenagem à série dos anos 1990, Sabrina, Aprendiz de Feiticeira, incluindo as tias Zelda e Hilda “originais” e também tivemos o Salén falante que tanto amávamos. 

    O Mundo Sombrio de Sabrina foi uma série muito polêmica desde seu início. Por envolver questões religiosas, por trazer muitas questões tabus como personagens não-binários e relacionamentos abertos. Por ser terror demais e pouco teen. Depois porque ficou teen demais. Mas a parte final conseguiu trazer um fim digno para a jornada da bruxinha. Um misto de humor, emoção e aventura muito divertido de acompanhar. 

    E quem se apaixonou por esse universo e quer ver mais, também pode ler as histórias em quadrinhos que inspiraram a série. 

    O Mundo Sombrio de Sabrina: Parte 4 estreia na Netflix dia 31 de dezembro de 2020.

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