sáb, 20 abril 2024

Crítica | O Pálido Olho Azul

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Sendo um dos maiores precursores do terror literário, Edgar Allan Poe recentemente tem ganhado uma segunda luz de holofotes na cultura pop atual, se tornando uma figura do imaginário gótico de horror em diversas narrativas. Nesse cenário, Scott Cooper apresenta O Pálido Olho Azul, uma ficção que tem como protagonista o renomado autor encarnado por Harry Melling.

Infelizmente, o que é visto como uma ideia interessante e com potencial, acaba sendo desperdiçada nesta obra. O Pálido Olho Azul conta a história de um Edgar Allan Poe com vibes de galã tentando resolver um assassinato no Vale do Hudson no início do século XIX.

O filme é baseado em um livro de Louis Bayard lançado em 2003 de mesmo nome, assim como na trama, temos um detetive aposentado com uma atitude rancorosa e rude que se une ao famoso autor de terror para resolver um horrível crime que se passou em West Point.

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O trabalho de atuação da dupla principal é competente para se dizer o mínimo, Bale consegue se manter coerente na atuação ao longo da obra, com o detetive rude que aos poucos melhora sua personalidade. E Melling convence o suficiente como Allan Poe, após a surpresa da tentativa de transformar o autor em uma persona jovem e bonita, o espectador consegue acompanhar a narrativa de maneira mais confortável.

Mesmo com a competência singular do elenco, a atmosfera promissora d’O Pálido Olho Azul fica apenas por isso mesmo, algo promissor. É frustrante observar que elementos como magia negra e um tom sombrio sejam tão subutilizados. Tais elementos são desperdiçados em diálogos que não aprofundam ou movem a trama, fazendo com que os personagens sintam a falta da força de vontade de um roteiro mais forte que consiga espelhar o ambiente que a obra se situa.

No fim, mesmo com tamanhas frustrações em relação às temáticas e elementos do filme, O Pálido Olho Azul nos mergulha com pouca cerimônia num universo gótico que faz jus às obras de um de seus protagonistas. É possível o ritmo lento e pouco profundo de seu roteiro atrapalham a experiência que poderia transformar a obra em um destaque singular no início de 2023, porém acaba sendo mais um mistério de assassinato com potencial despercidado. 

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