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Início Críticas Crítica | O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família

    Crítica | O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família

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    Sequências são obras que, geralmente, tem a função: de expandir um universo ou aprofundar a relação de personagens ou ainda a contar uma nova história. Na maioria das vezes, o resultado não é lá essas coisas. O original é sempre melhor e as vezes a sequência nem precisava ser feita. A nova sequência do momento, O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família, vem para comprovar (infelizmente) essa mística.

    O Poderoso Chefinho chegou aos cinemas e foi uma grata surpresa em 2017, a premissa surreal conquistou o público e quatro anos depois chegou a sequência com uma premissa… muito parecida, com a primeira. No primeiro filme, Tim Templeton foi atormentado pelo seu irmão mais novo, que usa terno (!) e trabalha numa empresa chamada “BabyCorp”. Na sequência, Tim é pai e uma de suas filhas, a pequena Tina, está seguindo os passos do tio, em uma nova aventura para salvar o mundo.

    A sequência, acontece de modo forçado e usa de todos os elementos que deram certo no primeiro filme para construir uma história que é tecnicamente impecável. A construção dos ambientes é bem feita e a escola (local onde se passa boa parte da trama) e rica em detalhes. Os cenários construídos são bastante coloridos e bem feitos. A DreamWorks no quesito técnico não deixa nada a desejar quando comparada a outros estúdios. A dublagem nacional é outros destaque e usa de memes e boas sacadas para construir piadas divertidas, que no idioma original poderiam passar batidas. A trama ainda é rica de easter eggs e referências a cultura pop (a cena com referência a O Senhor dos Anéis é hilária). Esse são os principais acertos da trama que carece de um roteiro melhor.

    A obra tem roteiro da estreante Marla Frazee e de Michael McCullers (Austin Powers: O Agente Bond Cama) que apostam todas as suas ficha na criação de situações mirabolantes e ação desenfreada. A relação entre pais e filhos, que deveria ser o fio condutor da narrativa fica em segundo plano e quando é trazida a tona, surge de modo atropelado e sem causar muita comoção ou reflexão. Para piorar a mensagem que o vilão tenta passar, nunca de fato é corrigida, o que pode ser perigoso para os pequenos. Além disso, o filme exagera em algumas construções sobre a paternidade e a cena na qual Tim, na sua versão criança, está em uma missão para a BabyCorp resolve espionar a própria filha e acaba sendo convidado para sua própria casa, por sua própria esposa, para no fim ir parar no quarto da filha como um colega/interesse amoroso é bizarra.

    O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família é uma sequência desnecessária, que funciona aqui e ali, com algumas boas piadas e uma boa excussão técnica e nada mais. A trama deixa elementos narrativos interessantes em prol de cenas exageradas e que pouco contribuem para a narrativa. Mas entre acertos e erros a aventura familiar é satisfatória. Se desejar ver uma excelente aventura familiar assista A Família Micthell na Netflix.

     

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