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    Crítica | O Rei da TV

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    O Rei da TV acompanha a vida e a carreira do apresentador e empresário Silvio Santos – nome artístico de Senor Abravanel – um dos maiores ícones da televisão brasileira. A produção acompanha a vida de Sílvio desde sua infância no Rio de Janeiro até sua ascensão e fama como um dos maiores comunicadores do Brasil. A série biográfica não autorizada detalha a construção do império do comunicador e já está disponível no Star+.

    Star+/Divulgação

    O Rei da TV é uma produção que faz jus ao nome de Silvio Santos e com eficácia consegue mostrar quem foi o comunicador antes do estrelado e quem ele é a frente de seus inúmeros negócios (Baú da Felicidade, SBT e entre outros). A produção conta com uma direção inspirada de Marcus Baldini (Bruna Surfistinha) que opta por uma narrativa não linear dos fatos. A série inicia sua história por volta de 1988, ano no qual Silvio Santos descobriu um grave problema na garganta que o afastou da TV. A partir daí, a história começa a detalhar a carreira de Senor Abravanel, passando por seu começo como camelô no Rio de Janeiro e abordando seu início no universo da comunicação. Sua participação nas caravanas de shows de circo, sua carreira como locutor no programa de Manuel da Nóbrega e o começo na televisão na TV Paulista tem bastante espaço na minissérie. Além disso, os fatos que o levaram a criar o SBT e do Baú da Felicidade também são abordados. Tudo isso é mesclado de modo orgânico com as questões envolvendo a saúde do apresentador e sua rivalidade com Gugu Liberato.

    Entre uma carreira de sucesso e a vida pessoal perfeita, Silvio Santos cometeu equívocos e alguns deslizes que são abordados de modo bastante superficial na produção, o que é uma pena. Questões como a sua relação com Liberato e o modo intempestivo de conduzir seus negócios são abordados de modo surpreendente, mas outras questões mais polêmicas como o possível golpe que aplicou em Manuel de Nóbrega e questões raciais envolvendo seus empregados, são vistos e apenas minimizados. Alguns elementos da vida privada do apresentador são melhores desenvolvidos. Como a relação do apresentador com a sua primeira esposa e a sua relação com atual são mostrados sem muita cerimônia e de modo sincero.

    Dos atores que vivem Silvio Santos nas três fases da sua vida, José Rubens Chachá é quem merece maior destaque. O experiente ator entende quem foi Silvio Santos e entrega uma atuação singela, mas muito crível. Guilherme Reis (adolescência) e Mariano Mattos Martins (adulto) também constroem bem a personalidade do Senor Abravanel, Mattos ainda consegue convencer por demonstrar em tela o magnetismo que Silvio Santos tinha no palco e reproduzir alguns trejeitos do apresentador sem soar uma caricatura.

    A parte técnica da produção merece muitos elogios. Os locais da época, cenários e figurinos vistos são perfeitos e o design de produção são dignos de cinema. Tudo relacionado a década retratada é reproduzido com perfeição. A fotografia é outro destaque, a filmagem ainda recria alguns planos típicos da TV da época de modo realista, além de misturar cenas de arquivos com outras gravadas pela produção de modo crível. A trilha sonora é outro ingrediente a mais nesta produção e as canções executadas cena dão autenticidade ao que vemos.

    O Rei da TV é uma produção íntima que revela o lado mais humano de Silvio Santos, mesmo fugindo de algumas polêmicas da vida do apresentador, a produção deve agradar quem é fã do Senor Abravanel e quem é fã do mito por trás do mesmo.

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