Em O Troll da Montanha 2, um troll ainda mais perigoso e poderoso desperta o caos na Noruega. Diante desse novo monstro, um grupo de heróis precisa voltar à ação para combater a ameaça. Encarar a missão não será fácil e os três precisarão de mais ajuda do que imaginavam, reunindo novos aliados, novas armas e procurando as respostas na história antiga do país. Será o grupo conseguirá impedir os ataques do monstro e superar todos os desafios exigidos para sairem vivos dessa confusão?
O Troll da Montanha 2 é uma sequência do filme norueguês de 2022 sobre a criatura mítica do folclore nacional e chega tendo acertos e erros na sua nova aventura. Os pontos mais positivos do filme mais caro da história da Noruega são as criaturas feitas em CGI e as cenas de ação. Ambas são bem feitas e bem filmadas. As criaturas seguem parecendo que saíram de um livro de histórias da mitologia norueguesa e são bem realistas. O visual da criatura segue sendo um pouco cartunesco, mas a destruição causada por ela é bastante real. As cenas de ação reúnem diversos elementos de filmes como Godzilla, Jurassic Park e King Kong para empolgar o espectador e funcionam, sendo os melhores momentos do filme.
Por mais que a direção de Roar Uthaug (A Onda) crie momentos empolgantes, o roteiro de Espen Aukan (Baby Boom) não expande o universo de trolls de modo satisfatório. A produção mistura lenda e ciência em uma história vazia de ideias. Os personagens humanos, tem a mesma função de sempre: andam de um lado para o outro, afim de explicar as regras e tentar ajudar a criatura do bem. Novamente questões sobre o cristianismo e sua relação com a cultura dinamarquesa são citadas, mas nunca aprofundadas de modo satisfatório. A impressão é que o roteiro não soube o que fazer com esses elementos e os utilizou apenas por usar. O que é uma pena, mas não chega a atrapalhar a diversão.
O Troll da Montanha 2 é um filme de destruição que deve agradar aos fãs de criaturas gigantes e só. Ao tentar ser maior do que poderia ser, afim de construir uma franquia, a produção acaba mais decepcionando, do que agradando. Resta saber se a terceira aventura irá corrigir essas falhas ou apenas se apoiar nelas.
Ps. A produção tem uma cena pós crédito, que acena para uma sequência iminente.
