dom, 19 maio 2024

Crítica | Operação: Lioness

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O elenco principal estelar de Operação Lioness chamou minha atenção, os primeiros minutos do piloto me receberam com um baita de um BANG! (literalmente e figurativamente falando), provocando algumas expectativas positivas. Porém, daí para a frente, tem sido apenas ladeira abaixo, com seus momentos decentes.

O piloto apresenta com clareza que tipo de série estamos assistindo. Espionagem militar americana no oriente médio, nada muito mais que isso. Não se parece se comprometer em oferecer mais que isso, mas também não entrega menos. Seguindo em frente, com os episódios 2 & 3, quis pagar pra ver o que a série poderia oferecer. Logo percebi que a adrenalina dos primeiros minutos do piloto demoraria a retornar, logicamente.

Ultimamente, com tantas séries sendo produzidas como filmes de cinema, demorei para me acostumar novamente com uma narrativa contada 80% através de diálogo (como é costume da televisão). O que não é algo ruim. Muito pelo contrário, uma série como Operação Lioness poderia capitalizar muito bem nesse aspecto. Uma das coisas mais interessantes sobre o gênero de espionagem é assistir os
personagens escondendo intenções secretas por trás de palavras, mascarando assuntos perigosos com charme e carisma, onde cada palavra conta, cada detalhe é vital para a progressão do plot. Tudo deveria ser uma busca por mais informação para se aprofundar e aumentar o risco de ser descoberto, intensificando as consequências em jogo.

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Porém, Operação Lioness não parece estar muito interessado em política. As missões são genéricas e os detalhes beiram a insignificância. A série investe tudo o que tem em seus personagens e suas jornadas pessoais. Zoë Saldaña lidera majoritariamente a trama como Joe, uma personagem que é, francamente, desinteressante. Compartilhando o palco de protagonista temos Laysla de Oliveira, que nos salva de um cochilo ao dar tudo de si em uma performance completamente crível e intensa (e não elogio a atriz só
porque a atriz tem ascendência brasileira). Nicole Kidman nos dá a graça de sua presença em aparições bem breves, parecendo servir mais como justificativa para a colocarem no poster da série (assim como Morgan Freeman, que ainda não fez sua aparição).

O segundo capítulo se aprofunda mais na relação entre Joe (Zoë) e Cruz (Laysla), consequentemente sendo o mais interessante dos episódios que temos até agora. O terceiro já foca mais na missão das protagonistas, com uma cena de ação muito bem-feita pra compensar a espionagem genérica. Até agora, nada mais que um estudo de personagens, apresentados em uma série de espionagem escrito por pessoas com um conhecimento de geopolítica militar baseado em lógicas de Call of Duty.

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