qui, 25 setembro 2025

Crítica | Os Estranhos – Capítulo 2

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Os Estranhos – Capítulo 2 é aquele tipo de sequência que parece ter sido feita com pressa, mas não no sentido de ritmo — e sim na falta de propósito. O filme continua exatamente de onde o primeiro parou, com Maya tentando sobreviver após o ataque dos mascarados. Só que, ao invés de expandir o universo ou aprofundar os personagens, ele se contenta em repetir fórmulas e criar situações que parecem mais pensadas para preencher tempo do que para contar algo relevante.

A direção de Renny Harlin até tenta dar uma cara nova à franquia, mas o que se vê é uma sucessão de cenas que oscilam entre o previsível e o absurdo. Tem uma sequência com um javali digital que parece saída de outro filme — não encaixa no tom, não faz sentido narrativo, e só reforça a sensação de que os roteiristas estavam jogando ideias na parede pra ver o que grudava.

O roteiro, que originalmente tinha 260 páginas e foi dividido em três filmes, sofre com essa fragmentação. Essa sequência não se sustenta sozinha. Ela depende demais do que já foi mostrado no Capítulo 1 e vive prometendo revelações que só virão no Capítulo 3. É como se o filme estivesse sempre dizendo “espera que vai melhorar”, mas nunca entrega.

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A atuação da protagonista, Madelaine Petsch, é um dos poucos pontos que seguram a atenção. Ela se entrega ao papel, mesmo quando o roteiro não ajuda. A ambientação também tem seus momentos — o hospital abandonado, por exemplo, tem uma atmosfera interessante, mas logo se perde em decisões que desafiam a lógica do próprio universo do filme.

No fim das contas, Os Estranhos – Capítulo 2 não é exatamente ruim por falta de técnica, mas por falta de ambição. Ele não quer ser mais do que um elo entre dois filmes, e isso o torna esquecível. Não há tensão real, não há surpresa, e o terror — que deveria ser o motor da narrativa — vira apenas um pano de fundo para uma história que não sabe pra onde está indo.

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Destaque

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