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    Crítica | Os Oito Odiados

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     Que Tarantino sabe o que faz ninguém tem duvidas. E isso fica mais uma vez marcado na historia do cinema com “Os Oito Odiados”, filme dirigido pelo incrível Quentin Tarantino. Um faroeste que promete, já que é o antepenúltimo de carreira do diretor, que promete se aposentar depois do décimo. O que torna as críticas muito mais apuradas e esperançosas com os últimos trabalhos de Tarantino.

    A história se passa no século 19, em uma Wyoming coberta por uma densa neve, pouco depois do fim da Guerra Civil americana, que entra em questão a escravidão e os problemas raciais que mexeram com a estrutura americana na época. E como sempre, está no terreno em que Tarantino se sente mais à vontade, sua peculiar mistura de vingança, excessos, humor negro e acima de tudo violência. E a tensão entre os personagens são um ponto em destaque, que parecem crescer a cada minuto mais.

    E muitos rostos na tela são de velhos conhecidos de outros filmes do diretor, caso de Samuel Jackson, Kurt Russell, Michael Madsen, Walton Goggins e Tim Roth, além de outros novatos em sua filmografia, como Bruce Dern e Jennifer Jason Leigh, única personagem feminina de peso do núcleo principal.

    Oito odiados

    Jennifer interpreta a prisioneira Daisy Domergue, assassina confessa e condenada, sendo levada para execução por um implacável caçador de recompensas, Jonh Ruth (Kurt Russell). Conhecido como “Carrasco”, que o único princípio que parece capaz de seguir é entregar seus prisioneiros vivos, já que sua integridade física pouco lhe importa.

    Os dois são os únicos ocupantes de uma diligência, conduzida por um cocheiro, O. B. Jackson (James Parks), rumo à cidade de Red Rock, onde se dará o enforcamento da assassina. No meio da caminho, salta-lhes a frente um candidato a carona, o major Marquis Warren (Samuel L. Jackson) – um ex-militar de União, atualmente caçador de recompensas que, ao contrario de Ruth, prefere levar seus prisioneiros bem mortos.

    A contragosto e por conta da neve infernal, Ruth acaba concordando em levar Warren – embora a desconfiança seja mutua, a quase todo momento. Logo mais, outro passageiro aparece: Chris Mannix (Walton Goggins), que sustenta ser o novo xerife a caminho de Red Rock. O pequeno espaço da diligência vai ficando atulhado de todos os tipos de receios. E as coisas ficam ainda mais sinistras quando, por conta da nevasca, são obrigados a parar no meio do caminho, na hospedaria da Minnie (Dana Gourrier). E o enredo só começa a melhorar, com os devaneios de Marquis, que mais parece um protagonista narcisista que goza da sua vitória sobre os escravocratas da guerra.

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