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    Crítica | Papai é Pop

    Galeria Distribuidora/ Divulgação
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    Em Papai é Pop, Tom (Lázaro Ramos) vê sua vida mudar completamente ao se tornar pai. Aos poucos, junto com a esposa Elisa (Paolla Oliveira), ele vai aprendendo o significado da paternidade e se vê tomado por um amor completamente diferente depois do nascimento de sua filha. Através de situações cotidianas, o filme apresenta uma representação fiel da relação entre pais e filhos. A produção é baseada no livro homônimo de Marcos Piangers e estreia nos cinemas em 11 de agosto.

    Papai é Pop é uma produção que possui um elenco primoroso. Todos os atores na trama possuem uma função narrativa e conseguem transmitir suas emoções de modo cativante. O roteiro escrito por Ricardo Hofstetter (Malhação) e Maíra Oliveira (A Magia de Aruna) cria uma trama divertida e tocante, que dá aos seus atores diversos momentos para que eles brilhem e desenvolvam bem os seus arcos. Os grandes destaques no filme são Lázaro Ramos (Medida Provisória) que se apresenta inicialmente como um homem egoísta e imaturo, que amadurece para se tornar um pai melhor e Elisa Lucinda (Manhãs de Setembro) que funciona como porto seguro dos personagens de Ramos e Paolla Oliveira (Felizes para Sempre?). A narrativa baseada em trechos do livro de Marcos Piangers, aborda alguns momentos que vão do nascimento da filha do casal até a primeira infância da filha do casal. Esses momentos escolhidos são apresentados com serenidade e bom humor e mostram a realidade de como é ter que criar e assumir a responsabilidade pela criação de uma criança. Algo que não é fácil, sendo apresentado aqui com muita coragem, mostrando os momentos bons e os difíceis.

    A direção de Caíto Ortiz (O Roubo da Taça) dá espaço para o elenco brilhar e mostra com eficiência as dificuldades de ser pai, e o de ser mãe sem apoio do pai. O clima da narrativa é no geral agridoce. Temos no filme momentos divertidos (verdadeiramente engraçados) e momentos que devem dar um nó na garganta no espectador, em especial os que ocorrem no segundo e terceiro ato, que são muito bem construídos. Temas como a intromissão dos familiares na criação dos filhos, divisão entre o trabalho, a criação da menina e a relação entre o casal são abordados com uma ótica que imprime muito realismo e verdade nos discursos apresentados. O único problema do filme é a edição, que mostra a evolução da trama se baseando no crescimento da criança. Algo que não é errado, mas que pode atrapalhar a imersão do espectador, em especial no primeiro ato da produção, pois temos cenas que começam com a criança com um mês de vida e pulam para quando ela tem 6 meses e essas elipses temporais podem causar estranheza no início do filme.

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    Papai é Pop é um filme divertido, tocante e, principalmente, honesto sobre a paternidade. Uma produção que não deixa as mães de fora da trama, pelo contrário, as inclui é mostra como as mulheres têm uma participação ativa na moldação de um ser humano. Que essa mensagem seja vista por toda a família, de preferência no cinema.

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