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Início Críticas Crítica | Pedro Coelho 2: O Fugitivo

    Crítica | Pedro Coelho 2: O Fugitivo

    Columbia Pictures
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    Pedro Coelho é um livro infantil britânico escrito e ilustrado por Beatrix Potter que descreve as peripécias do jovem Pedro, um coelho maroto e desobediente, que se mete em várias confusões no jardim do Sr. McGregor. A peça infantil ganhou um longa em 2018, que agradou ao público. O longa é uma autoparódia, sagaz que não se leva muito a sério, e que consegue entreter crianças e adultos. Agora em 2021, vem a sequência que perde um pouco de sua essência, mas que ainda conquista pelo carisma de seus personagens centrais.

    Sony Pictures/ Divulgação

    O longa começa com o casamento de Bea (Rose Byrne) e McGregor (Domhnall Gleeson). Casamento feito e chegou a hora do Felizes para sempre, né? Não, Pedro e McGregor, continuam se “odiando”, mas agora chegaram a um acordo, os animais podem comer qualquer coisa em seu jardim, exceto seus tomates premiados. Mesmo com o acordo firmado, McGregor continua suspeitando de Pedro e as coisas pioram, quando um editor de livros ganancioso quer criar uma série de livros baseados nos personagens de Bea, com Pedro sendo escalado como “vilão”. Assim, nosso protagonista de longas orelhas cumpridas decide que se ele vai ser tratado como um vilão, ele vai agir como tal.

    O diretor e roteirista Will Gluck (The Michael J. Fox Show) muda o tom desta segunda aventura, o que pode agradar alguns e desagradar outros. A nova aventura foca dessa vez na família improvisada criada por Bea, Thomas e os coelhos. Pedro continua cometendo travessuras que já não são tão admiráveis e num dia decide se juntar a um bando de criminosos de rua mal-intencionados liderados pelo coelhinho grisalho Barnabas (Lennie James), que afirma ter sido amigo do falecido pai. Eles estão preparando um assalto ambicioso no qual a experiência de Pedro será de grande valor. No entanto, quando o esquema inevitavelmente dá errado, isso coloca a família real do coelho em perigo.

    A nova aventura é mais autoconsciente, porém a abordagem perde a leveza da primeira aventura e tem um ar mais pessimista. Na hora das piadas, o longa continua a utilizar a sagacidade vista no longa original, mas peca por repetir a mesma piada três, quatro, cinco vezes… O que mais cansa do que diverte. Além disso o longa usa de alguns clichês típicos de filmes de assalto. O que trás um certo frescor a trama, que consegue mesclar bem os gêneros em sua história. Porém, o filme oscila muito entre seus acertos e erros, acertando na construção dos coelhos e demais personagens digitais, que são feitos em um CGI impressionante, mas peca no exagero de algumas cenas, como por exemplo nas quedas exageradas (a maioria delas envolvendo o personagem de Gleeson). Como já conhecemos os personagens da família, o longa pouco dá espaço a eles nesta nova aventura, o que é uma pena. Já que os animais coadjuvantes mal apresentam uma personalidade própria, sendo um desperdício ter nomes como Margot Robbie (Flopsy) e Elizabeth Debicki (Mopsy) sendo pessimamente aproveitadas na obra.

    As amplas lições de vida que surgem em meio a essa nova desventura nunca são tão texturizadas e importantes, quanto as vistas no primeiro filme. Elas são importantes, mas fica a sensação de que poderiam ser melhor desenvolvidas pelo roteiro. As atuações continuam sendo boas, Domhnall Gleeson (Questão de Tempo) e Rose Byrne (Vizinhos) tem uma boa química em cena e David Oyelowo (Selma) é comprometido com a proposta se entregando em cena.

    Pedro Coelho 2: O Fugitivo, conta com personagens carismáticos e com a proposta de contar uma história sobre ser verdadeiro consigo mesmo e a busca pela identidade própria. O que é bacana na teoria, mas na prática o filme faz tudo isso sem muita originalidade e de modo bem superficial.

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