sáb, 27 abril 2024

Crítica | Pinóquio (2020)

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Gepeto é um solitário marceneiro que sonha em ser pai e deseja que Pinóquio, o boneco que acabou de construir, ganhe vida. Seu pedido é atendido, mas a desobediência de Pinóquio faz com que ele se perca de casa e embarque em uma jornada repleta de mistérios e seres fantásticos, que o levará a conhecer de perto os perigos do mundo. Lembra dessa história imortalizada pela Disney? Agora ela ganha uma versão sombria em live-action, que é fiel ao conto original, escrito em 1883.

Divulgação/Imagem Filmes

O filme começa levando o espectador a conhecer um vilarejo devastado pela pobreza e pela fome, onde conhecemos Gepeto, um marceneiro solitário que não perde seu otimismo, mesmo com todos os problemas. Os primeiros destaques positivos dessa obra são: a caracterização dos personagens e a maquiagem deles, em destaque os híbridos de animais com humanos. Perfeição, é a palavra usada para definir os visuais! O Pinóquio dá a impressão de que é realmente feito de madeira e as outras composições são muito interessantes. Os destaques são os visuais sutis e caprichados do Gato e da Raposa e o visual medonho da Caracol e do Grilo. A maquiagem pode não agradar a todos, em especial quem for apegado a produção da Disney, mas o desconforto aqui também serve para mostrar que aquele é um universo fantástico. Afinal, estamos falando de uma história na qual um boneco deseja virar um menino de verdade.

Inicialmente o tom de falta de esperança do roteiro escrito pelo diretor Matteo Garrone (Gomorra) com colaboração de Massimo Ceccherini (Lucignolo) é completado por algumas partes do conto original, em alguns momentos essa troca flui perfeitamente e casa bem com a ideia proposta, mas em outros as situações ficam soltas e o texto acaba se tornando superficial na proposta. Um exemplo disso é a cena do julgamento (que está no conto adaptado) que surge do nada e não leva a lugar nenhum. Mas no geral a missão de apresentar o conto original é bem realizada e deve agradar.

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Divulgação/Imagem Filmes

A fotografia usa planos sutis e uma iluminação inusitada, que dá a trama uma pegada folk, que é reforçada pela boa trilha sonora, que surge nos momentos certos na trama. O visual gótico de alguns personagens, como a fadinha dá um ar de “filme feito por Tim Burton” que agrada, principalmente para quem é fã do diretor. A montagem é prejudicada, pela falta de ação entre os atos. Devido a isso, em alguns momentos o filme, parece se arrastar. 

Roberto Benigni (A Vida é Bela) retorna ao cinema depois de oito anos com uma atuação segura e doce, repleta de carisma. Federico Ielapi dá vida ao intrépido Pinóquio com uma atuação segura. Todo elenco está bem, mas essa dupla é quem carrega o filme. A relação de pai e filho e que dá o norte para essa fantástica trama.

Divulgação/Imagem Filmes

Pinóquio conquista pelo seu modo sério de contar a história de uma fábula que conquistou gerações. Um filme indicado para os adultos e, crianças, que cresceram ouvindo essa história.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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