seg, 30 junho 2025

Crítica | Predador: Assassino de Assassinos

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Parece que fica mais evidente um carinho e qualidade após cada produção dessa revitalização e expansão do universo Predador. Em Predador: Assassino de Assassinos, novo longa no formato de animação, existe uma preocupação em situar três diferentes períodos da humanidade para revelar embates da criatura contra diferentes guerreiros. E o resultado é a mais pura diversão e cuidado nos detalhes, tanto no visual, que é magnífico, pegando um pouco dessa onda de Arcane que fez tanto sucesso, mas também tendo suas diferenças de proposta quanto narrativa ao longo das três histórias.

Enquanto a primeira história, talvez a mais violenta e com a protagonista mais carismática dessa antologia, traz uma pequena reflexão da cultura viking e todo o caos semeado por um simples ato de vingança, que é repassado de geração a geração, e praticamente moldando a vida daquela mulher. O resultado é um embate quase impossível contra uma criatura gigantesca de predador. A animação se utiliza muito bem da violência extrema e das coreografias dos guerreiros, vemos diversos usos do escudo e as principais armas da época.

Já a segunda história, traz uma proposta mais interessante quanto ao resto, uma linha inteira de narrativa apenas por movimentos e sem diálogos, todos os sentimentos sãos revelados através dos olhares e pela espada, assim dando nome ao capítulo. A animação se utiliza bem de toda a riqueza visual da época do Japão feudal e entrega um predador que combina com a proposta mais “ninja” do capítulo. É um sentimento bem característico da infância, quem venceria numa luta: o predador ou um ninja? E o diretor usa e abusa desse sonho infantil que todo fã já se perguntou.

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E por último, a terceira história, traz uma proposta mais perto da nossa realidade, trabalhando com um piloto da segunda Guerra Mundial. Então o embate aqui vai ser voltado 100% para lutas aéreas, talvez sendo em alguns momentos um pouco tedioso perto do visceral que o filme já tenha nos entregado. Porém traz o protagonista mais falante e engraçado devido à situação extrema que se encontra. A criatividade, outro ponto muito observado pelo responsável dessa nova leva de filmes, é novamente utilizada. Tudo isso para trazer uma luta insana no ar, e se utilizar novamente da rica animação detalhada.

Tudo isso para no final conectar todos esses personagens e trazer uma um embate “final” e uma espécie de prólogo do novo filme que irá sair este ano. Tanto que a sensação não é de uma real conclusão da história que vimos, mas apenas uma passagem para o grande confronto que se aproxima. Isso acaba tirando o impacto e trazendo um final mais agridoce para o tom épico que a produção estava tomando até então.

Predador: Assassino de Assassinos é uma ótima adição com o universo e mais um demonstrativo da qualidade do diretor Dan Trachtenberg em operar filmes criativos e divertidos se utilizando de uma das criaturas mais famosas do cinema. A ideia de animação traz uma dinâmica melhor tanto na violência quanto na ideia de trabalhar diversos períodos da história de forma crível.

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Destaque

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