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    Crítica | Projeto Gemini

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    Ang Lee é um dos cineastas mais premiados do mundo e também um dos mais ecléticos em seus projetos, ele já trabalhou com quase todos os gêneros do cinema. Quadrinhos (Hulk), dramas, filmes com temática de artes Marciais (O Tigre e o Dragão) e foi vencedor do Oscar de melhor diretor por duas vezes, a primeira vez com O Segredo de Brokeback Mountain e a segunda com As Aventuras de Pi. O que falta na carreira de um homem como esse? Que tal o desafio de duplicar um personagem e criar uma versão mais jovem do mesmo. Desafio aceito! O resultado desse complexo desafio recebeu o nome de Projeto Gemini e a estreia acontece nesta quinta em todos os cinemas.

    Projeto Gemini possui qualidades e defeitos (muitos), mas se compreende que eles foram causados pelo foco excessivo nos efeitos especiais do longa (que são muito bons). Vamos as qualidades primeiro: a tecnologia 3D+ usada em Projeto Gemini nos faz mergulhar no longa! Ao ver esse filme em IMAX você se sente dentro da trama, a imersão é tanta que parece que os atores estão na sua frente e que você os está acompanhando eles a todo momento. A tecnologia usada aqui vale cada centavo do seu ingresso. A atuação de Will Smith (Aladdin) também é boa, ele aqui interpreta dois personagens a versão, digamos, original e a versão mais nova e convence em ambos os papéis. A relação da versão jovem de Smith com o personagem de Clive Owen (Rei Arthur) é cativante e eficaz. As cenas de ação até empolgam temos perseguições, tiroteios, explosões tudo bem ala Michael Bay (Transformers). Porém nem tudo é perfeito…

    O longa possui um roteiro escrito a três mãos na qual nenhuma delas decidiu se o longa é um filme de ação ou um drama, e o filme fica no meio termo, o que incomoda um pouco. Além disso as cenas de rejuvenescimento funcionam bem quando temos a versão distante da original de Smith ou em um ambiente escuro, quando se coloca outro ator em cena vemos que a qualidade dos efeitos diminui bastante, em especial na cena final, que ocorre a luz do dia e que claramente você percebe que o rosto de Smith foi (muito mal) inserido no corpo de outro ator.

    Ang Lee usa e abusa dos closes para destacar as emoções dos personagens em Projeto Gemini, porém o longa falha em criar empatia com os mesmo. A cada 10 minutos uma avalanche de informações é jogada na sua cara e relembrada sempre que possível. Tudo isso afim de tentar realizar um plost twist, porém quando ele ocorre o longa se tornou tão maçante pelo bombardeio de informações que ninguém da a mínima pro que ocorreu e muito menos se surpreende. A impressão que fica é que o longa nunca consegue alcançar 100% de suas ambições e se perdeu no meio do caminho.

    Num resumo honesto Projeto Gemini é um quadro, onde temos uma belíssima moldura com um retrato 3×4 de alguém bem comum no centro. Nem todo carisma de Will Smith e tecnologia do mundo são capazes de salvar esse longa do lugar comum.

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