seg, 5 maio 2025

Crítica | Quando a Luz Arrebenta

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Todo dia é dia para você sair do cinema hollywoodiano e aproveitar o cinema europeu! ‘Quando a Luz Arrebenta’ é um projeto da Islândia, que já conta com uma rodagem em alguns festivais pelo mundo. O longa é dirigido por Rúnar Rúnarsson, diretor islandês conhecido no cinema do seu país por longas e curtas como ‘Echo’ (2019), ‘Volcano’ (2011) e ‘The Last Farm’ (2004), com este último sendo indicado ao Oscar 2006 na categoria de Melhor Curta-Metragem Live-Action. O filme esteve disponível para assistir através da seleção oficial do Festival de Cinema Europeu Imovision, festival que valoriza o cinema europeu contemporâneo. Esta edição está prestigiando 14 filmes inéditos de 8 países europeus com todos os gêneros para o público aproveitar. Como boa notícia, o festival foi prorrogado e ainda estará disponível entre os dias 1 e 7 de maio no Moviemax Rosa e Silva, em Recife.

Após a trágica morte de Diddi (interpretado por Baldur Einarsson) em um acidente, Una (interpretada por Elín Hall) e seus amigos precisam entender como lidar com o luto nas primeiras 24h após a tragédia.

Pelos recursos financeiros, somos acostumados a sempre ir no cinema e consumir filmes feitos nos Estados Unidos, muitas vezes já habituados com uma lógica de arte que é feita em Hollywood há muito tempo. Por isso é tão especial quando você sai do que já está acostumado e vai experimentar a arte do cinema europeu, que consegue, por outros meios dentro de um filme, transmitir e passar sentimentos que sempre me agradaram mais do que boa parte do cinema comercial estadunidense.

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Créditos: Grupo Estação/Compass Films

Como maior qualidade, o trato que o filme dá ao luto de Una e suas reações são sempre na tonalidade certa, com uma sensibilidade que cria empatia do espectador com a história, como se estivéssemos sentindo o mesmo vazio que a protagonista. Há cenas que são mais profundas, como o momento em que Una descobre a notícia da tragédia, ou então cenas que mostram o jeito do grupo de amigos lidando com o luto que são simples, mas pela sensibilidade que o diretor cria, acabam significando algo a mais. Uma simples dança entre os amigos se torna um momento doloroso, ainda mais pela conexão criada entre a arte e o luto na história dos personagens e pela maneira como o diretor registra toda aquela dor. Sempre vemos Una de uma perspectiva bastante próxima, quase sempre enquadrada em um primeiro plano, ou seja, do ombro pra cima, destacando muito as expressões e reações da Elín Hall frente às situações, que sempre procura pela frieza, tentando demonstrar mais sua tristeza pelo silêncio, mesmo em um ambiente com uma música alta ou com muito ruído. Sem muito uso de trilha musical também, esse silêncio e som ambiente deixam mais evidente essa atmosfera melancólica, apenas deixando o som do vento ou destacando sonoras como o celular tocando enquanto Una tenta falar com Diddi para saber da sua situação.

‘Quando a Luz Arrebenta’ é um belo filme sobre o luto, um projeto com bastante sensibilidade sobre o tema e que sabe usar dos seus recursos para tocar o espectador e causar comoção pela história de Una e sobre suas primeiras horas após uma perda. É um longa que vale a pena e que mostra o valor do cinema europeu.

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