qui, 25 abril 2024

Crítica | Ragnarok (2ª Temporada)

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Uma pequena cidade norueguesa sofre com os impactos ambientais causados por uma indústria de produção de energia, que poluí sua água e a torna imprópria ao uso, comandado por uma família muito rica e importante da cidade. Esse background guarda segredo muito maior: gigantes de gelo que se escondem sob essas identidades para se manter entre os humanos.

Ragnarok é uma série norueguesa que reconta a história do evento Ragnarok de uma forma bem moderna e em um contexto interessante. Magne é um garoto normal de uma escola normal que se vê sendo escolhido para encarnar Thor. Conseguimos passear por toda a sua vida em Edda durante a primeira temporada sem explorarmos demais a mitologia e focando mais em sua relação familiar, escolar e com as empresas Jutul, que comandam a cidade. Após a morte de sua amiga Isolde, uma ativista ambiental, coisas estranhas começam a acontecer e Magne se encontra mais e mais envolto no drama de descobrir o que as empresas Jutul estão tramando com a cidade e sua culpa em torno do problema ambiental.

Netflix/Divulgação

A primeira temporada é somente a pontinha do iceberg quando se fala em qualidade, já que há uma entrega muito maior em sua sequência. Focada no público teen, a primeira temporada explora pouco a mitologia nórdica e só nos apresenta de diferente os gigantes, e começa a explicar sobre o Ragnarok e parte da história da mitologia que podemos não estar muito habituados.

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Já a segunda temporada nos transporta quase para uma nova série, marcada pelo amadurecimento da trama e dos personagens. Novas encarnações mitológicas são adicionadas à série e vemos no restante da temporada que “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Magne aprende que nem tudo serão flores ao ganhar seus poderes e que existe uma missão a ser cumprida, impedir os gigantes de causarem o Ragnarok, termo utilizado na mitologia para o evento que causou o fim do mundo como conhecemos.

Um ponto que deve ser destacado é a encarnação de Laurits como Loki, que ajuda a desenrolar a trama de Magne e traz um Loki com uma postura diferente, que dá a entender o conceito de gênero fluído que entrou em pauta com a chegada da série Loki no Disney Plus. O personagem desde o início da trama não se encaixa nos padrões heteronormativos e busca se encontrar, seja no uso de maquiagens ou na pintura das unhas.

Netflix/Divulgação

Todos os personagens que encarnam deuses (sejam Loki, Thor, Freya, Odin) ganham mais tempo de tela e suas histórias começam a se entrelaçar para tecer a trama que culmina no fim dessa temporada. Os personagens coadjuvantes e as tramas escolares perdem o tempo de tela para dar espaço à história da mitologia.

Durante um momento específico da série podemos até nos questionar sobre a escolha do showrunner em retirar os poderes de um personagem, escolha essa que esfria um pouco o ritmo da série, porém é uma escolha justificável pensando no background do personagem e em como ele volta, ao aceitar o seu posto como deus.

O fim da temporada marca um evento importante no Ragnarok, a Jormungandr, conhecida também como Serpente do Mundo, sendo solta no rio para que possa crescer e futuramente tentar assassinar Thor, reencarnado aqui como Magne. Como será que Magne enfrentará essa ameaça?

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