Em Resgate Implacável, Levon Cade (Jason Statham) é um ex-agente de operações secretas que abandonou sua perigosa profissão para viver de forma simples e trabalhar na construção civil, dedicando-se integralmente à criação de sua filha.
Se aliando a todos os clichês possíveis do gênero de ação, o roteiro criado por Sylvester Stallone (Rocky) aborda em sua história: investigação policial, pancadaria, máfia, tráfico de drogas, tráfico de pessoas, relações familiares e questões de patriotismo, fazendo uma salada que não desenvolve bem nenhum desses elementos e torna o filme inchado.
A investigação aqui ocorre quase que por clarividência e não possui nenhum elemento que fortaleça os argumentos usados. Os elementos de máfia introduzidos, são dignos dos anos 90 e são confusos, pois aqui temos uma máfia dentro da própria máfia e os gângster ou são caricatos ou bizarros, e não sabem se comportar como seres humanos.
O drama é pincelado, a relação familiar surge aqui e ali para dizer que existe e a divisão da narrativa entre o que acontece com a vítima no cativeiro e com o protagonista não funciona, sendo os momentos focados no personagem de Statham os melhores.
A direção de David Ayer (Esquadrão Suicida) é afetada. O diretor não deixa a ação se estender e corta cada movimento visto, o que pode causar labirintite em alguns, as coisas melhoram no ato final com os tiroteios, mas aí já é tarde.
O elenco é desperdiçado, quem tem experiência faz participações curtas e quem não tem, acaba tendo mais espaço, mas não brilha e gera antipatia com seus personagens. Pra piorar a trama se estica demais e cansa.
Resgate Implacável é chato, caricato e cansativo. Nem o herói desta produção é capaz de salvar os fãs do gênero dessa bomba.
