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    Crítica | Resident Evil: A Série

    Netflix/ Divulgação
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    Resident Evil é uma franquia de jogos que pertence à empresa de jogos eletrônicos Capcom. O game é uma das produções mais adaptadas para a TV e cinema da história. Para se ter ideia, só nos últimos 20 anos foram OITO adaptações, sendo a última delas, Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City, um verdadeiro fiasco. Sabendo que os filmes baseados na franquia não agradaram tanto ao público e a crítica, a Netflix resolveu produzir uma série sobre o game e o resultado… Bom, você vê aqui.

    Resident Evil: A série conta uma nova história a partir de duas cronologias: na primeira, as irmãs de 14 anos Jade e Billie Wesker se mudam para New Raccoon City, uma cidade mecânica e corporativa que se impõe a elas justamente no auge da adolescência. Com o passar do tempo, Jade e Billie percebem que a selva de pedras é mais do que isso e descobrem que o pai pode estar escondendo segredos sombrios capazes de destruir o mundo. 

    Já na segunda cronologia, mais de dez anos depois, a Terra tem menos de 15 milhões de habitantes e mais de 6 bilhões de monstros: pessoas e animais infectados pelo T-vírus. Jade, agora com 30 anos, luta para sobreviver nesse novo mundo enquanto é assombrada por segredos do passado que envolvem sua irmã e seu pai.

    A proposta de ter duas tramas em paralelo é algo ousado e que, inicialmente, é bem desenvolvido pelo roteiro da série. A transição de cenas entre o passado e presente, além das lacunas deixadas atiçam a curiosidade do espectador. Contudo, com o passar do tempo as narrativas se revelam muito fracas e com um tom de novela mexicano que mais irrita do que conquista. A trama envolvendo as irmãs na adolescência é um arco fraco e bobo, o que vemos no texto não condiz com o potencial que a trama poderia desenvolver. Os universos apresentados são interessantes, mas os diálogos, os atores e a trama desenvolvida neles não são e mais atrapalham do que ajudam na condução da história em questão.

    As cenas de ação são bem coreografadas e filmadas, as ameaças que se apresentam na forma de criaturas gigantes e outros animais infectados são bem feitos e o visual deles, em alguns momentos, impressionam pelo realismo. Os Zumbis de Resident Evil, são corretos e a maquiagem convence, mas quando comparamos o visual deles com os de outras produções da TV e do cinema, vemos que os visto em produções como The Walking Dead impressionam mais do que os vistos aqui na produção da Netflix. A série aqui prefere investir no lado humano da trama, usando as criaturas e monstros apenas como obstáculos momentâneos da história.

    Temos easter-eggs e referências de todo os tipos, para todos os gostos. Quem jogou, irá se empolgar com esse fan service, mas para quem deseja um pouco mais ou quem não conhece os jogos, irá se decepcionar com o que é apresentado. A violência gráfica é bem inserida, porém, poderia ser mais abundante. São poucas cenas de violência e quando elas aparecem não justificam a classificação +18.

    Resident Evil: A Série é uma que pega alguns elementos dos games para se inspirar a contar uma história que nunca empolga. Essa é a prova definitiva de que os jogos de Resident Evil precisam ser deixados em paz, ao menos por um tempo. Para que se estude como se deve adaptar uma produção tão rica em detalhes. Os fãs agradecem!

    https://www.youtube.com/watch?v=mUisls0Z-C0&t=24s
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