sex, 19 abril 2024

Crítica | Rick and Morty (6ª temporada: Episódios 01-06)

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Rick and Morty é uma série que passou por muitos momentos. Desde 2017, quando a animação estourou, testemunhamos diversas fases ao longo dos últimos 5 anos, desde revoltas em estabelecimentos McDonalds até toda uma cultura de fãs que se sentiu legitimada na suposta inteligência da série. Tendo noção disso, é bem claro como as últimas temporadas da série tentam criar uma contenção de danos contra o fenômeno, episódios como “Never Ricking Morty” na quarta temporada são uma demonstração clara do sentimento da sala de criação da série com expectativas e cobranças vindas dos espectadores e do próprio Adult Swim.

Felizmente, os seis primeiros episódios da sexta temporada se encontram num conforto que segue e amplifica o ritmo da quinta temporada. Após o massivo e fantástico episódio final do quinto ano da animação, o episódio “SolaRicks” começa com as consequências do fim da viagem interdimensional e com uma ótima piada envolvendo Vingadores: Ultimato.

Com esse conforto em mente, os episódios tentam aproveitar a mudança do status quo da série para trabalhar a relação de Rick com os membros da família Smith. “Solaricks” sendo a relação do cientista consigo mesmo, logo em seguida temos “Rick: A Morty Well Lived” sendo um aprofundamento de como Morty vê e respeita o seu avô. “Bethic Twinstict” é uma abordagem estranhamente bizarra e genial, mesmo com a certa estranheza com o selfcest, que aparentemente virou comum na cultura pop, aqui vemos uma Beth liberta e aprendendo a se amar (literalmente e figurativamente falando).

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Os dois últimos membros também ganham seu destaque, “Night Family” leva a animação para o gênero de terror com toques na vibe Us de Jordan Peele, através dessa ótica vemos uma Summer que não só desafia Rick, mas como se apresenta como um verdadeiro desafio para ele. A Summer Noturna, mesmo que seja uma personalidade diferente, ainda é o subconsciente da jovem e assim sendo os seus pensamentos mais profundos, a colocando como líder da família e não Rick.

O caso de Jerry Smith vem junto com um assunto que é importante ser falado: Afinal, o que essa série tem para gostar tanto de piadas com incesto? O que começou com episódios meio desconfortáveis mas passíveis como o do dragão prostituta, agora temos bebês frutos de incesto e um episódio inteiro sobre Jerry sendo destinado a transar com a mãe dele. Esse tipo de piada está se tornando estranhamente (e não de uma maneira boa) recorrente na série.

No último episódio desta primeira metade da temporada, vemos algo que claramente é consequência dos eventos da última Season Finale. Rick é confrontado com seres que são mais inteligentes que ele, e pior, eles não são só mais inteligentes como também são melhores em caráter que o cientista. 

A sexta temporada de Rick and Morty demonstra um conforto por parte dos criadores em poderem contar histórias mais centradas nas dinâmicas da família Smith e se aproveita de uma temporária fuga do Status Quo. Tal fuga foi extremamente positiva para que a série nos desse um tempo para explorarmos mais as bizarrices da própria terra e também nos aprofundarmos nos personagens.

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