sáb, 11 outubro 2025

Crítica | Rua do Medo: Rainha do Baile

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A trilogia Rua do Medo é baseada nos livros do autor R.L. Stine. A produção lançada em 2021, ganhou um novo capítulo que promete expandir ainda mais o universo da franquia (que ganhará em 2026 mais três filmes). O novo filme, intitulado Rua do Medo: Rainha do Baile conta a história de um grupo de garotas populares da escola que estão em uma disputada pela coroa de rainha do baile. Quando uma corajosa e ousada forasteira decide inesperadamente se candidatar para o posto, e as suas concorrentes começam a desaparecer misteriosamente, a turma de 1988 de repente se vê em meio a uma noite infernal.

Rua do Medo: Rainha do Baile tem dois problemas. O primeiro deles é que a produção pouco tem a acrescentar a mitologia hiper conectada dos filmes anteriores, dando a sensação de que o uso do título Rua do Medo foi apenas comercial, tirando duas menções o filme pouco cita os fatos macabros que aconteceram na mesma cidade. O segundo problema é mais grave. A produção, que conta com direção e roteiro de Matt Palmer (Calibre) é ruim. Palmer não consegue desenvolver sua narrativa de modo a gerar empatia ou interesse pelos personagens da nova desventura. Todas as cenas, estão repletas de cortes bruscos que dão a sensação de que havia mais para ser visto, mas a direção optou por excluir esses trechos o que só atrapalha a narrativa.

A mortes surgem com violência e o filme aposta suas fichas na brutalidade das mortes. Mas infelizmente elas nunca geram tensão, nem antes, nem durante. No último ato, as mortes são levadas ao extremo: cada golpe aplicado é o suficiente para arrancar membros, o que diluiu mais ainda o impacto. A motivação é revelada, sendo bastante compreensível, mas como a narrativa não desenvolve possíveis suspeitos e só mostra os personagens olhando feio para as vítimas, quando descobrimos o motivo não nos importamos. Para descobrir quem é o vilão ou o espectador advinha ou presta bastante atenção nas cenas, no fim uma reviravolta (até interessante) surge, mas já é tarde demais para salvar o filme do fracasso.

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Tirando as músicas, a ambientação é quase inexistente. O filme não apresenta nada que remeta visualmente, no estilo ou nas locações, aos anos 80. O que é uma pena. O elenco até tenta entregar algo, mas as limitações de ideias do roteiro e até do elenco, não permitem grandes destaques e nem algo marcante nas atuações e nem nas cenas que vemos.

Rua do Medo: Rainha do Baile é um filme que destoa da franquia e entrega um passatempo que mais decepciona do que entretém. Ao se afastar da trilogia original a produção pena em desenvolver uma história que choque. Quem sabe na próxima trilogia, tenhamos mais sorte.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
A trilogia Rua do Medo é baseada nos livros do autor R.L. Stine. A produção lançada em 2021, ganhou um novo capítulo que promete expandir ainda mais o universo da franquia (que ganhará em 2026 mais três filmes). O novo filme, intitulado Rua do Medo:...Crítica | Rua do Medo: Rainha do Baile