qui, 26 dezembro 2024

Crítica | Ruim Pra Cachorro

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Quando Reggie, um ingênuo e otimista Border Terrier, é abandonado por Doug, o seu insensível e rude dono, ele continua convencido de que o seu melhor amigo nunca o abandonaria intencionalmente. Mas assim que Reggie conhece um fala-barato chamado Bug, um vadio que adora a sua liberdade e acredita que os donos não prestam para nada, Reggie finalmente percebe que estava numa ‘relação tóxica’ e começa a ver Doug como o verdadeiro imbecil sem coração que é. Essa é a sinopse de Ruim Pra Cachorro, comédia pra adultos que estreia nesta quinta-feira (28) nos cinemas.

A ideia da produção dirigida por Josh Greenbaum (As Férias Loucas de Barb e Star) era inovar e apresentar algo realmente diferente dos convencionais filmes fofos com cachorros, como: Marley & Eu, Quatro Vidas de um Cachorro e tantas outras produções que fizeram e fazem sucesso. O que realmente louvável, mas o que deveria ser uma comédia para adultos, nonsense e divertida se torna uma tortura de 90 minutos para lá de constrangedora. Todas as piadas apresentadas falham no objetivo de tirar risadas. Os erros no timing cômico acontecem pela repetição exageradas das piadocas, pelo palavreado e pelo tema das sacadas que nunca acertam o alvo. A primeira cena do longa já apresenta o dono de Reggie e mostra em poucos minutos como ele é ser humano desprezível e impossível de ser ter algum tipo de empatia, essa proposta serve para aproximar o público do grupo de animais, mas a produção exagera no tom. De acerto apenas fica o uso consciente do CGI nos animais, que não é perfeito, mas fica longe de ser o maior problema dessa trama.

O roteiro escrito por Dan Perrault (Players) tenta abordar temas como relacionamentos tóxicos e maus tratos aos animais, mas tudo que é apresentado acontece de modo tão repetitivo e tão clichê que essas lições se perdem é a que fica é a de que tudo se resolve com violência. A classificação indicativa do filme, faz jus e é está repleta de insinuações sexuais, genitálias e palavreado de baixo calão além de outras situações que vão deixar o público abismado. O trabalho do elenco de vozes na dublagem brasileira é irregular. Wendel Bezerra (Dragon Ball Z) e Fábio Rabin (Um Suburbano Sortudo) até conseguem dublar seus personagens bem, mas o restante do elenco composto por Bruna Louise, Afonso Padilha, Dihh Lopes, Marcio Donato e Thiago Ventura falha e apresenta uma dublagem fora do tom, isso se deve a inexperiência do grupo. Além disso, a sincronia do que é dito pelos dubladores com o movimento da boca do animal não bate e deixa uma sensação estranha em quem assiste.

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Ruim pra Cachorro é bobo, ofensivo (em alguns momentos) e muito honesto em seu título nacional. Uma produção que mais constrange do que diverte e que deve figurar na lista de piores filmes do ano.

PS. O filme tem uma cena pós-crédito.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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