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Início Críticas Crítica | Sex Education (3ª Temporada)

    Crítica | Sex Education (3ª Temporada)

    NETFLIX/DIVULGAÇÃO
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    Sex Education enfim, vai estrear na Netflix! A terceira temporada chega na Netflix no dia 17 de Setembro, após alguns atrasos nas gravações devido a pandemia, a série retorna melhor do que nunca. A nova temporada tem Otis (Asa Butterfield) fazendo sexo casual, Eric (Ncuti Gatwa) e Adam (Connor Swindells) assumindo seu relacionamento de forma oficial, e Jean (Gillian Anderson) com um bebê a caminho. A produção trata de diversos temas polêmicos com bastante sensibilidade e bom humor. A primeira temporada tinha a dinâmica de apresentar o trio protagonistas e mostrar os seus conflitos com a família ou consigo mesmos e resolver essas questões de modo mútuo. A segunda apostou em separar o trio protagonista e mostrar as suas relações com os demais personagens. A nova temporada aposta em vários núcleos, o que torna a história maior e mais dinâmica! Os coadjuvantes não precisam, na maioria das vezes, estar relacionados aos protagonistas (Maeve, Eric e Otis) para ter seus dramas, dores e alegrias vistas. A nova história começa após dois meses do fim da segunda temporada.

    Todas as temporadas de Sex Education, possuem a habilidade de tratar temas polêmicos com uma naturalidade absurda, e principalmente com respeito. A nova temporada debate diversos temas tais como: questões de gênero, relacionamentos homossexuais e heterossexuais, assédio, problemas familiares e muitos outros que permeiam a vida dos adolescentes. Tudo é vistos de modo singular e sem aquele discurso moralista que tanto permeia nossa sociedade. Mas a base dessa temporada é a busca da identidade própria, aceitação e o conflito de gerações. O primeiro episódio é deliciosamente astuto e choca quanto as cenas exibidas, mas elas fluem de modo tão orgânico e descompromissado que basicamente refletem o dia a dia dos adolescentes e até o dos adultos. A temporada está cheia de tensões, romances, novos casais e novas interações que vão surpreender.

    Os novos episódios, tem atuações atraentes e a empatia segue forte. É difícil escolher apenas um destaque no quesito atuação. Atores como: Connor Swindells (Emma) e Tanya Reynolds (Delicious) brilham em alguns momentos, mas o trio protagonista ainda é o que de melhor a produção oferece. Mesmo com tantas qualidades a obra ainda peca em alguns momentos. O primeiro deles é o uso de alguns clichês, aqui e acolá. Temos resoluções fáceis em alguns episódios que soam forçados e alguns arcos narrativos que são abandonados no meio sem muita explicação, o que pode desagradar quem se apegou as novidades. A nova temporada exibe a dualidade de seus personagens, ninguém aqui é perfeito, todos os personagens são cheios de falhas e imperfeições. Um detalhe importante é que ninguém aqui é retratado como alguém malvado, se o personagem age de modo negativo existe uma razão para isso. É uma tentativa de humanizar os personagens é feita, o que funciona bem na maioria das vezes.

    A musicalidade presente em cada episódio casa perfeitamente com o que vemos. A trilha sonora se torna quase que um personagem a parte na trama. As canções escolhidas são espetaculares. A montagem e direção usam bem as técnicas cinematográficas e trazem uma narrativa fluída, onde as situações acontecem com velocidade de video-clipe e os 50 minutos de duração dos episódios, passam voando.

    Sex Education tem uma temporada curta, quando comparada as demais, mas está é sem dúvida uma das melhores e mais intensas. O primeiro episódio é um mix de emoções, já o episódio final é agridoce e prepara o terreno para uma possível despedida na próxima temporada. Que a quarta temporada não demore tanto para estrear, pois é ótimo ver temas como sexo e o crescimento pessoal sendo abordados de modo tão divertido.

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