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    Crítica | Sicario: Dia do Soldado

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    Terrorismo e imigração ilegal, na fronteira entre os Estados Unidos e o México, são os temas deste thriller envolto em violência e tensão. Quer mais razões para ver Sicario: Dia do Soldado? Josh Brolin (Deadpool 2) e Benício Del Toro (Star Wars: Os Últimos Jedi) estão fantásticos na reprise de seus papéis.

    No primeiro filme Sicario: Terra de Ninguém (2015) o foco era explorar o relacionamento das gangues, milícias e cartéis que se utilizam as fronteiras para traficar drogas e os diferentes impactos causados. O novo filme repete a dose, de modo mais leve, porém focando nas consequências morais e os danos colaterais causados pela política da “força bruta”.

    Dia do Soldado compartilha com seu antecessor os personagens e o pano de fundo (a fronteira com o México). A história inicia mostrando a clara intromissão do governo norte-americano trazendo ao filme um ponto de vista que poucos tem coragem de mostrar. Quem é o verdadeiro vilão? A crítica escancarada e corajosa e deixa claro que em certos momentos é difícil diferenciar quem é quem.

    Para resolver o problema criado pelos cartéis mexicanos (eles estão facilitando a entrada de terroristas na fronteira entre os Estados Unidos e o México) “sem sujar as mãos” o governo americano resolve raptar a filha de um barão da droga, com a finalidade desencadear a guerra entre os vários cartéis. Daí em diante o que temos é uma série de explosões, violência e sangue. As cenas de ação são bem orquestradas, com um impacto viceral.

    O elenco muito bem escalado conta com os retornos de Brolin, trazendo seu jeito arrogante e com modos irreverentes de seu personagem Graver e com Del Toro (que pela atuação no primeiro filme merecia uma indicação ao Oscar) retornando no papel de Alejandro, um homem letal, mas que possui seus próprios demônios pessoais e de natureza solitária. Outro destaque da trama é a adição da pequena Isabela Moner (Transformers: O último Cavaleiro) que se vê no meio de um conflito do qual não tem nada haver.

    O roteiro escrito por Taylor Sheridan (A Qualquer Custo), o mesmo roteirista do primeiro filme é ótimo, com diálogos afiados e que dá profundidade ao que vimos no primeiro filme. O ponto fraco do filme é a mudança de direção, o primeiro filme foi dirigido por Denis Villeneuve (A Chegada) um diretor que ousou e se arriscou na sua direção. No novo filme quem assume o bastão é o italiano Stefano Sollima (Gomorra), que se limita a ilustrar com  eficácia os argumentos, apenas. O filme possui alguns escorregões que em outras mãos seriam fatais, como por exemplo o terceiro ato cheio de reviravoltas que são “um pouco forçadas”, mas compreensíveis.

    Sicario: Dia do Soldado, é um bom filme possuindo um conjunto de grandes atuações, onde Del Toro e Brolin brilham, além de outros detalhes que engrandecem o longa. Pena que isso não venha acompanhado de um diretor mais corajoso. Quem sabe na continuação tenhamos mais sorte.

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