dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Sing 2

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Em 2016 chegou aos cinemas a nova animação da Ilumination (estúdio responsável pela franquia Meu Malvado Favorito), Sing – Quem Canta Seus Males Espanta. A produção foi uma grande aposta e se tornou um tremendo sucesso, conquistando o público e a crítica. No dia 06 de Janeiro de 2022, cinco anos depois, chega aos cinemas a sequência, Sing 2. A nova produção se passa na glamourosa cidade de Redshore, onde Buster Moon e sua turma enfrentam seus medos, fazem novos amigos e superam seus limites em uma jornada para convencer o recluso astro Clay Calloway a subir aos palcos novamente.

Universal Studios/ Divulgação

Os fãs de Sing vão ficar felizes em ver a turma do primeiro filme de volta. As crianças nessas férias vão amar a nova aventura que é leve e bastante colorida. Mas será que era realmente necessário trazer Buster Moon e sua turma para uma nova aventura? A resposta é: não. Mas a proposta criada pelo roteiro e direção de Garth Jennings (O Filho de Rambow) é eficaz dentro do que se propõem, mesmo tendo que fazer mudanças aqui e ali nas personalidades que foram construídas no primeiro filme. A maior parte da trama se passa na cidade de Redshore, que funciona como uma perfeita alusão à Las Vegas, a cidade dos sonhos é megalomaníaca e sua composição é extravagante, repleta de easter-eggs e cores. O roteiro tem dois pilares: o primeiro é mostrar as crianças que nunca é tarde demais para seguir seus sonhos, uma lição bacana e que funciona na trama e o segundo é uma grande ironia. A produção tenta fazer uma crítica ao mundo do show business, a questão é que o próprio filme só ganhou uma sequência e deve se tornar uma franquia por causa do mesmo show business. Irônico né?

A trama do primeiro filme é focada no formato de um concurso musical e funciona melhor do que a nova aventura. Porém, é inegável que Sing 2, tem um visual pop mais apurado em especial no terceiro ato, onde vemos os cenários espetaculares e repletos de neon, que foram propostos para o grande show que encerra o filme. As sequências aqui são mais ousadas e devem fazer a alegria dos fãs de musicais. As canções escolhidas para a trama, são bem aleatórias e se baseiam no que fez sucesso no Spotify, mas mesmo assim o filme deve conseguir uma indicação ao Oscar na categoria de melhor canção original com “Your Song Saved My Life” que é apresentada de maneira espetacular. A animação possui um apuro técnico ótimo. O problema é que o roteiro não flui tão bem assim. Situações como a paixão de Meena pelo vendedor de sorvete ou a motivação de Clay retornar aos palcos surgem do nada, sem nenhum desenvolvimento básico e incomodam, pelo menos os mais atentos.

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Universal Studios/ Divulgação

As piadas seguem sendo bobinhas, mas temos alguns momentos que com boa sacadas, como por exemplo, quando vemos Dona Kiki batendo cabeça ao som de ‘Chop Suey’ do System of a Down e as audições com vários animais aleatórios cantando grandes sucessos da atualidade, essas situações vão arrancar gargalhadas de pais e filhos.

Sing 2 é uma sequência que cumpre o seu propósito de entreter e divertir, mesmo tendo um roteiro que joga situações sem muito desenvolvimento. Com boas versões adaptadas de canções originais (todas em inglês), o filme fará a alegria de quem gostou do primeiro filme ou de quem está de férias.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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