sex, 17 outubro 2025

Crítica | Sirât

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Sirat apresenta a história de um pai (Sergi López) e seu filho (Bruno Núñez) que viajam até o Marrocos atrás de uma rave no meio das áridas montanhas do deserto. A dupla está em busca da filha e irmã Marina que desapareceu meses atrás em outra dessas grandiosas e excessivas festas. Eles distribuem a foto da jovem pelos festeiros que se movem ao som da música eletrônica e com uma liberdade que o pai e seu filho menor desconhecem. Movidos pela esperança e pelo destino, os dois decidem seguir um grupo que está a procura de uma última festa que acontecerá no meio do deserto. Lá esperam encontrar a jovem.

O longa tenta implicar momentos de choque e angústia com a jornada daqueles personagens, porém tudo acaba bem frustrante por conta de uma história deixada de lado. É nítido que a frustração é proposital e busca trazer esse desconforto com seus personagens e acaba criando em sua metade final um exercício de apenas choque e perda.

Até mesmo o início, com toda a construção da atmosfera da rave, que funciona muito por conta da ótima trilha sonora por todo o filme. Mas acaba um tanto tedioso, nem mesmo o rico visual sustenta uma trama que vai sendo deixada de lado e se apegando ao vazio e violento. O ponto de virada é interessante, mas beira o previsível, mesmo que o diretor brinque com o óbvio, acaba mais empobrecendo o choque do que de fato pegar de surpresa, por mais que seja algo realmente triste envolvendo uma perda.

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Divulgação

Os momentos de choque, em sua maioria, lembram as brincadeiras que Gaspar Noé fazia em seus filmes mais famosos, algo mais gratuito e sem um real propósito na trama. Apesar do momento no terço final ser algo realmente surpreendente e sem qualquer perspectiva de que estava se aproximando.

A falta de domínio na direção acaba deixando o filme sonolento e desinteressante. Apesar do rico visual do deserto sufocante e assim lembrando o melhor estilo Mad Max, até mesmo os personagens com seu pouco carisma lembram essa variações de roupas e visuais esquisitos.

O diferencial está na trilha sonora, com batidas que chegam a coroar o coração e ajudam na imersão que a narrativa acaba deixando de lado. Ela criam uma angústia e perpetuam uma ansiedade do que está por vir e o que pode acontecer com aquelas pessoas em um local tão esquecido. Claro que a qualidade gigante da trilha sonora acaba deixando-a mais inesquecível no saldo final do filme.

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Sirat é frustrante, mas não algo bem desenvolvido, algo largado da metade para seu final e focado apenas no sadismo. O interesse demonstrado na história em seu início e o potencial acaba mais interessado em apenas chocar e usar válvulas de filmagem bem comuns no cinema do festival. Não diferente, tem um potencial de causar bastante divisão em meio a comunidade cinéfila.

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