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    Critica| Snowden

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    Oliver Stone saiu do século XX aclamado por suas obras primas, com personagens chegando ao extremo e enredos guiados por uma visão cínica e violenta que só um grande diretor poderia entregar ao público. Filmes como Platoon(1986), JFK – A Pergunta que Não Quer Calar (1991) e Assassinos por Natureza (1994) colocaram o diretor no panteão maximo de Hollywood. Nos anos 2000, o diretor parece ter perdido o seu tom e vem entregando obras desconfortáveis e bem abaixo do que o esperado de tanto talento em obras pouco expressivas como Alexandre (2004), W. (2008) e agora com seu novo filme Snowden: Herói ou Traidor (2016), que repete a formula de entregar um filme sem graça que nem mesmo um grande elenco pode salvar.

    snowdenGrande elenco desperdiçado.

    O filme conta a história de Edward Snowden(Joseph Gordon-Levitt) um ex agente da CIA que ficou conhecido por tornar público que o governo dos Estados Unidos estava quebrando a lei espionando autoridades e até mesmo civis sem necessidade. O filme tem duas linhas do tempo, uma vemos o personagem principal em um quarto de hotel em Honk Kong com a documentarista Laura Poitras(Melissa Leo) e o jornalista do The Guardian Glenn Greenwald(Zachary Quinto) onde ele conta os fatos que o levaram até aquele momento em meio a flshbacks de sua vída antes disso. De soldado do exercito americano até se transformar em um dos criadores de um programa de vigilância Global usado pela CIA e a NSA.

    O filme perde um pouco do seu ritmo com o excesso de romantismo barato, tentando retirar um lado humano quase que a fórceps do personagem, o diretor que também é um dos roteiristas decidiu mostrar também a vida amorosa de Snowden dando uma importancia muito grande as idas e voltas do agente com sua namorada Lindsay Mills(Shailene Woodley). As duas histórias não conversam bem entre si, parecendo que o espectador está vendo dois filmes misturados.

    Apesar da atuação brilhante de Rhys Ifans como o recrutador da CIA Corbin O’Brian, o filme peca na falta de cadencia na hora de contar a mesma história sem parecer duas. Vale mais a pena assistir ao excelente documentário Citizenfour de Laura Poitras do que ver um Nicolas Cage tentando se passar por gênio da criptografia.

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