qua, 16 outubro 2024

Crítica | Sorria 2

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Partindo dessa premissa de continuação maior e mais impactante, o diretor Parker Finn faz um bom trabalho nessa dinâmica Hollywoodiana unido ao bom uso da criatividade. Talvez o primeiro tenha o impacto maior devido a pouca expectativa e desconhecimento da direção, porém aqui a escala maior é bem demonstrada, não só pelo maior orçamento, a vida da protagonista é muito mais intensa e imprevisível do que a anterior. Prestes a embarcar numa nova digressão mundial, a sensação pop mundial Skye Riley (Naomi Scott) começa a experimentar acontecimentos cada vez mais aterradores e inexplicáveis.

E o diretor sabe assustar aqui, é um filme que flerta com essa já conhecida onda A24, de filmar planos mais crus e longos (o início do filme), música minimalista, porém ele mistura com o tradicional terror mainstream. Isso que ele fez muito bem no primeiro é repetido aqui, mas nessa lógica maior. Isso funciona pois tem criatividade, ele está genuinamente interessado em assustar seu público, seja por algum jumpscare safado, que funciona devido o bom uso gráfico e sonoro ou devido os diversos artifícios que a entidade do filme se utiliza para aos poucos chocar sua vítima e conseguir deixa-la insana.

Talvez a maior diferença do longa anterior é a protagonista. A escolha de ser uma pessoa realmente famosa, ao melhor estilo Taylor Swift, torna mais caótico o estado da vítima e aí seu redor. É um cotidiano que tem muita imprevisibilidade e correria, e o filme faz a entidade se utilizar bem dessa paranoia. A atriz Naomi Scott entrega bem nos sustos, medo e devaneios. E por incrível que pareça, em alguns momentos dá mais nervoso ela vivendo sua vida de pressão e fama do que um monstro na tela. Ela sabe entregar bem isso simplesmente bebendo diversas vezes uma água cara ao longo do filme ou os diversos momentos de ansiedade arrancando o próprio cabelo.

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O filme abusa um pouco do ritmo e se alonga demais, mas nada que prejudique sua construção de horror. Ele faz uma boa sacadas de se utilizar dessa confusão mental imposta na entidade na protagonista, porém se utilizando de seu já conhecido problema anterior envolvendo o uso de drogas, e também para causar o impacto ao seu redor, nas pessoas e audiência. Ele casa bem essa ideia de famoso ficando lunático devido a fama ou más escolhas, é uma integração boa com o terror urbano, algo já bem demonstrado no longa anterior, mas novamente, em escala maior.

E ele tem as sacadas de confundir o público, uma talvez óbvia, mas que serve talvez para mascarar a outra? É bem legal e causa uma surpresa ao seu final. E toda a ideia é bem resolvida ao seu final. Talvez o primeiro filme tenha um final mais impactante, tanto visualmente quanto na surpresa, porém esse casa bem a criatividade com a grandiosidade. Um diretor que sabe fazer um bom filme de terror e sem inventar moda.

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