dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Star Wars: A Ascensão Skywalker

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O ano de 2019 está chegando ao fim, e com ele também chega o último capítulo da Saga Skywalker. Estreia hoje em todo o país Star Wars: A Ascensão Skywalker, longa simples, eficaz e que pode deixar um gosto amargo nos fãs que desejarem algo de diferente do velho “arroz com feijão” deste rico universo criado por George Lucas em 1977.

O clima de nostalgia está no ar, todos os oito filmes tem espaço nessa nova trama, sejam na forma de easter egg ou como elemento chave para o desenvolvimento da história. Tudo é relembrado! O passado é a chave deste novo filme que faz um belíssimo “fan service”, e deixará os fãs ferrenhos e apaixonados babando. O problema é que temos apenas isso! O último capítulo teve uma troca de direção e isso pode ter influenciado no resultado final da película. Saí o ousado Rian Johnson, de Os últimos Jedi e retorna à direção o excelente J.J. Abrams, de O Despertar da Força. A mudança de direção afeta o desenvolvimento da trama pelo fato de que Abrams decidiu ignorar/mudar muitos elementos de seu antecessor como por exemplo: a conexão entre Rey e Kylo Ren, que fica mais explícita e menos íntima, e outros detalhes que você ao assistir irá notar facilmente. A trama acaba ficando muito corrida, se você piscar perderá algum detalhe importante. Mesmo com mais de duas horas de filme algumas explicações são jogadas no espectador sem muito desenvolvimento, afinal de contas o roteiro escrito por Chris Terrio (Argo) e Abrams precisa encerrar uma saga e responder perguntas do longa anterior. Então prepare-se para soluções simplistas (leia bregas e sem nexo) e um plost twist interessante, porém mal desenvolvido.

As cenas de luta, em especial as envolvendo os personagens de Daisy Ridley (Ophelia) e Adam Driver (Infiltrado na Klan) são muito bem filmadas e muito bem coreografadas (destaque para a luta que ocorre em alto mar). Os efeitos especiais são realistas e beiram a perfeição. As atuações são o forte do longa. O carisma da dupla Isaac Oscar (Triple Frontier) e John Boyega (Círculo de Fogo: A Revolta) encanta e diverte na medida certa, porém o longa foca mais na relação entre os personagens de Rey, Kylo Ren e o vilão Palpatine que correspondem em suas interações e ameaças até o fim… Nada que estrague a sua experiência, mas tudo foi muito forçado e sem sal nesse final. A culpa é mais do roteiro do que dos atores em si. C-3PO rouba algumas cenas dando leveza a elas quando necessário e a nossa eterna princesa Leia (Carrie Fisher) recebe uma linda homenagem e suas cenas são tocantes. A trilha sonora dá um brilho especial as cenas e acrescenta bastante a trama, um trabalho maravilhoso e que pode ser indicado ao Oscar 2020.

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Star Wars: A Ascensão Skywalker encerra sua história sem muita ousadia ou criatividade, mas encerra bem a saga criada por George Lucas e deve agradar aos fãs no geral! Mas calma jovem padawan, ainda existem muitas aventuras para serem contadas nesse universo fantástico. Que a força esteja conosco enquanto aguardamos a próxima aventura!

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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