sáb, 21 dezembro 2024

Crítica | TENET

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Enfim, após um hiato de quase SETE meses voltamos para o cinema, para conferir TENET, o novo filme de Christopher Nolan (A Origem). O longa com toda certeza seria uma das maiores bilheterias de 2020 e arrisco a dizer que seria uma das maiores da carreira de Nolan. O filme é um thriller de espionagem tão misterioso que sua sinopse é: Armado com apenas uma palavra – Tenet – e lutando pela sobrevivência do mundo inteiro, o Protagonista viaja através de um mundo crepuscular de espionagem internacional em uma missão que irá desenrolar em algo para além do tempo real. Não viagens no tempo. Inversões. Se isso não te animou, lembre: Nolan é o diretor dessa obra.

Foto: Warner Bros./Divulgação

É difícil achar palavras para definir este novo trabalho de Nolan. Se pedirem as escolhidas seriam: complexidade exuberante! Este é um filme que pode ser considerada uma ode dos trabalhos anteriores do cineasta, mostrando tudo que Nolan já usou, de melhor, para contar suas inventivas histórias. Se antes, o diretor era ousado tecnicamente, mas compensava essa ousadia usando um didatismo que mastigava toda a trama. Em TENET o diretor não se importou com isso, e você que lute para entender a trama, que é complexa demais. Se você não assistir atento vai se perder muito na linha temporal do filme. Uma frase de quem assistiu o filme desatento é “no início eu tava perdido e no fim parecia que eu estava no início.” Então ao assistir muita atenção, a trama e aos detalhes.

Tecnicamente o longa impressiona. Coreografias de luta, efeitos especiais, som, trilha sonora tudo acontece em perfeita ressonância e a película do diretor deve ser lembrada nas premiações técnicas. Fique atento em como a trilha acompanha a cena e fique maravilhado com o primor técnico que o diretor impõem ao filme. Porém o roteiro…Se você achou que o roteiro de Vingadores: Ultimato tinha furos, nem vou falar do desse. Tecnicamente a obra impressiona, mas em questão de criar personagens interessantes o filme falha feio. As atuações são boas é o destaque fica para Elizabeth Debicki (As Viúvas) que tem suas motivações e arco melhor desenvolvidos. Os demais atores fazem o feijão com arroz, mas o roteiro não ajuda a entender o por que deles fazerem o que fazem. Uma pena. Talvez o ritmo seja o problema, já que muita coisa acontece e não temos tempo de digerir as informações. Isso atrapalha o nosso envolvimento emocional com os personagens e com a história.

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Foto: Warner Bros./Divulgação

TENET é a prova definitiva de que Nolan ama trabalhar com o tempo. Pena que o diretor não quis nos dar um pouco para compreendermos essa ousada proposta. Num resumo o filme é uma bela viagem a lugar nenhum. Já que não entendemos o motivo da viagem, vamos curtir a paisagem, é o que resta.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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