qui, 21 novembro 2024

Crítica | The Last Days of American Crime

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A nova adaptação dos quadrinhos da Netflix, The Last Days of American Crime, conta a história de um ladrão de bancos que participa de um plano para cometer um último grande assalto antes do governo ativar um sinal mental que acabará com todas as atividades criminosas. Sci fi + hq + violência = Receita de um novo sucesso! Não, essa obra gera apenas raiva por nós fazer perder 2 horas e 30 minutos da nossa vida ao vermos um filme preguiçosa, desinteressante e pra lá de confuso.

Last Days Of American Crime – Anna Brewster, Edgar Ramírez – Photo Credit: Netflix / Marcos Cruz

A premissa é baseada numa aclamada HQ, com uma ideia interessante e empenho em desenvolver bem este primeiro capítulo, poderíamos ter um bom filme, ou até uma nova franquia no cinema. Mas nada aqui é feito com qualidade ou com comprometimento. Edgar Ramírez (Punhos de Aço) é o retrato da falta de interesse com a produção. O ator tem apenas uma expressão durante todo o longa: cercado por inimigos, pegando a gostosa do filme, sendo queimado, sendo fuzilado, conseguindo roubar a grana do assalto sua expressão EM TODAS ESSAS CENAS é de tédio. Micheal Pitt (Funny Games) vive um louco varrido que mais dá raiva em cena do que conquista a simpatia do público, quem se salva, por muito pouco, é Anna Brewster (Versailles) que vive a hacker do grupo sendo mais do que uma mulher objeto e mostrando um pouquinho de personalidade. Ainda temos Sharlto Copley (Distrito 9) totalmente desperdiçado, num personagem tão descartável que se o retiramos do filme, não causa problema algum a trama, que com ele ou sem ele continua sendo ruim e confusa.

Com atuações fracas e desinteressantes a direção poderia ao menos ter um visual legal para a projeção, mas não Olivier Megaton (Busca Implacável 3) não consegue dirigir o elenco e nem nenhum setor do seu filme. As cenas de ação não empolgam, pelo contrário causam vergonha de tão mal elaboradas e clichês. Temos um festival de “quem possui a pior pontaria da história do cinema” e quase deu empate na disputa entre bandidos e mocinhos. As sequências de ação são em alguns momentos longas demais, que parecerem terem sido fruto da improvisação dos atores que o diretor deixou rolar e achou melhor do que o roteiro escrito por Karl Gajdusek (The November Man). O roteiro escrito por Gajdusek cria subtramas que não fazem sentido nenhum e só enrolam. Os diálogos são expositivos e de uma artificialidade que faria os produtos enlatados sentirem inveja. A montagem é quase tão perdida quanto a direção e pouco acrescenta a essa bagunça em forma de película.

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The Last Days of American Crime é ruim com todas letras, maçante, sem nexo e principalmente sem alma! Uma viagem de mais de duas horas pra lugar nenhum. Um dos piores filmes de ação do ano!

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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