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Início Críticas Crítica | The Last Kingdom: Seven Kings Must Die

    Crítica | The Last Kingdom: Seven Kings Must Die

    Filme entrega final épico, mas é complicado para quem desconhece a série da Netflix

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    Em The Last Kingdom: Seven Kings Must Die, após a morte do rei Edward, Uhtred de Bebbanburg e seus companheiros se aventuram por um reino dividido na esperança de finalmente unir a Inglaterra. 

    Obras ambientadas no cenário medieval caíram no gosto popular há várias gerações. Histórias romantizadas que remetem a possíveis fatos, como Rei Arthur, Lancelot e até mesmo Robin Hood, estão sempre na mídia a medida que o tempo passa, por se tratarem de conteúdos, digamos, atemporais e que sempre se encaixam em narrativas modernas, seja como referências ou até novas adaptações com uma linguagem do século XXI. Na saga Crônicas Saxônicas, que reverencia com um minucioso estudo a história real da Grã-Bretanha, o autor Bernard Cornwell faz um belo casamento entre fatos históricos e elementos que compõe um romance atrativo para diversos leitores e fãs de aventuras épicas, tal como o produtor Stephen Butchard realiza na adaptação The Last Kingdom (O Último Reino), série da BBC Two/Netflix que, agora, lança o desfecho épico da história, intitulada The Last Kingdom: Seven Kings Must Die.

    Foto: Netflix/Reprodução

    Quando uma temível profecia surge, anunciando que sete reis precisam morrer para gerar a união e a paz na Inglaterra, Uhtred de Bebbanburg (Alexander Dreymon) e seus companheiros tentam não dar importância ao anúncio. Mas, com a morte do rei Edward, que resultou na sua viúva, Rainha Eadgifu (Elaine Cassidy), e seu filho Edmund (Zak Sutcliffe) pedirem refúgio no reino de Wessex, Uhtred e sua tropa começam a desconfiar que a Bretanha pode estar em perigo. O estopim ocorre quando um dos filhos do falecido rei, Athelstan (Harry Gilby), sob a influência de um ambicioso conselheiro cristão, Ingilmundr (Laurie Davidson), mata um de seus irmãos e se auto intitula Rei da Bretanha, o que gera uma perseguição a todos os reinos que não seguem o cristianismo. O contexto de Seven Kings Must Die, complexo e um tanto confuso para quem não tem conhecimento da série exibida entre 2015 e 2022, é explicado às pressas, quase sem pausas para fazer o público que desconhece a obra original respirar,  garantindo, pelo menos que a produção não se arraste e fosse direto ao ponto.

    The Last Kingdom: Seven Kings Must Die, apesar do notável esforço da direção em entregar um longa de proporções épicas para finalizar com dignidade a série antecessora do filme, conta com leves problemas de ritmo, já que o começo parece desenfreado, enquanto o segundo ato se mostra mais morno, enquanto a ação somente retorna, em larga escala, perto da derradeira parte da produção. Vale a pena esperar pelo confronto final, já que a batalha é bem dirigida e realista, apostando na violência gráfica e brutalidade que remetem a idade média, mas, há uma carência de mais sequências empolgantes como esta ao longo da trama.

    Foto: Netflix/Reprodução

    Com um elenco dividido entre atuações mecânicas e competentes, se destacam Harry Gilby, como o confuso e cego de poder Rei Athelstan, Pekka Strang, o rei da Irlanda e líder dos Guerreiros Lobo Anlaf, e, claro, Alexander Dreymon, que mais uma vez da vida ao guerreiro Uhtred, protagonista de The Last Kingdom. Fãs da série podem ficar satisfeitos com o emocionante desfecho do personagem principal e da história.

    The Last Kingdom: Seven Kings Must Die é uma notável produção que contava com o objetivo de entregar um material épico e finalizar a série da Netflix a altura. Só esqueceram de tornar a história mais acessível para quem desconhece a produção e, até mesmo, a história da Grã-Bretanha.

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