ter, 19 março 2024

Crítica | The Old Guard

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Heroína, mercenária e imortal esse é o resumo da nova personagem de Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria) em seu novo filme de ação, The Old Guard que é baseado nas histórias em quadrinhos de Greg Rucka e Leandro Fernandez. A trama mistura passado e presente para contar a história de um grupo de imortais que, há séculos, usam seu dom para proteger a humanidade. Prepare-se a uma viagem de quase duas horas a lugar nenhum, prepare-se pra mais um filme genérico… Digo original da Netflix.

Foto: Netflix / Reprodução

Sim amiguinhos, genérico é a palavra que melhor resume esse filme. Todos os clichês possíveis e imagináveis estão nesta película. Das situações criadas até a personagem de Theron tudo já foi visto e trabalhado. A personagem dela tem um ar badass e com a cara de poucos amigos, mas com um bom coração. De todo o filme (acredite) esse é o mais desenvolvido (possui motivações e alguma personalidade), os demais personagens da trama são ainda menos desenvolvidos em suas personalidades, se elas existem são mais rasas que um pires. Theron é o corpo, alma e coração desta obra, e acredite sem ela o resultado seria muito pior.

Foto: Netflix / Reprodução

A direção de Gina Prince-Bythewood (Shots Fired) está tão focada em Theron que quando o filme resolve mostrar os demais personagens a trama perde força (que já não era muita). O roteiro tenta inovar e já apresenta os seus “heróis” no meio da ação, mas ao fazer o filme cria muitas subtramas criadas, que para serem entendidas são explicadas através de flashbacks que vão e vem durante a história, a ideia é interessante, mas a execução não. Ao criar essas situações a produção se perde e o público também e pra piorar metade das perguntas levantadas pela trama não são respondidas.

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THE OLD GUARD (2020) – (L to R) Marwan Kenzari as Joe, Matthias Schoenaerts as Booker, Charlize Theron as Andy, Luca Marinelli as Nicky, Kiki Layne as Nile. Photo Credit: AIMEE SPINKS/NETFLIX ©2020

As cenas de tiro, porrada e bomba possui pontos altos e baixos. O sangue digital salta aos olhos em algumas situações e as cenas de ação num geral convencem e as coreografias de luta merecem algum destaque, em especial a última. Os efeitos especiais relacionados a regeneração são bem artificias, mas cumprem o seu proposito. O maior defeito está nas atuações. Theron rouba as cenas e está convence, o restante do elenco não. Chiwetel Ejiofor (Dr. Estranho) é totalmente desperdiçado no filme, seria ótimo ver ele no como vilão do longa, mas prefiram Harry Melling que… Melhor nem comentar. Kiki Layne até tenta mas a sua trama acaba sendo a mais tediosa de todo o filme, seus dilemas não convencem e sua atuação também não.

Foto: Netflix / Reprodução

Ainda que seja um filmes sobre imortais, The Old Guard está morto, mesmo tendo potencial. Mas calma ele ainda não foi enterrado. O final do filme sugere uma possível sequência. Se ela ocorrer, nos resta torcer para que seja feita com mais carinho, em relação ao material de origem, e com muito mais vida.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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