qui, 14 novembro 2024

Crítica 02 | Thor: Amor e Trovão

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Com uma promessa bastante nostálgica para os fãs do Universo Cinematográfico da Marvel, Thor: Amor e Trovão, escrito e dirigido por Taika Waititi (Jojo Rabbit), traz de volta muitas coisas queridas pelos fãs da franquia. Um Mjolnir funcional e melhorado, Jane Foster e o relacionamento mais importante do personagem – tanto nas HQs, quanto no UCM, e ainda faz um cuidadoso recap dos momentos mais importantes da história do filho de Odin no cinema. No entanto, uma coisa que jamais deveria ter sido trazida de volta é a versão do Thor comédia, que faz parte do arco de Guardiões da Galáxia e esteve presente em Thor: Ragnarok, também dirigido por Waititi – considerado, por muitos, o pior filme do UCM. Uma versão que simplesmente não encaixa com a ideia do que o filme poderia ser.

O quarto filme da franquia de Thor (Chris Hemsworth) começa narrando a história – literalmente – a partir do ponto onde vimos o personagem pela última vez; viajando pelo cosmos com os Guardiões da Galáxia. Agora, Valquíria (Tessa Thompson) é a Rainha de Nova Asgard, que parece mais um parque temático que uma cidade viking na terra. O longa também traz o arco de Jane Foster (Natalie Portman) nos quadrinhos, no qual ela está lutando contra um câncer fase 4 quando se torna a Poderosa Thor. Além de apresentar Gorr, o Carniceiro dos Deuses, interpretado por Christian Bale, como o grande vilão da narrativa e ainda, Zeus, de Russell Crowe.

E apesar da riqueza de detalhes visuais que complementam a narrativa, e do ótimo desenvolvimento dos personagens, em especial o personagem de Christian Bale, as linhas e estilos narrativos se chocam e confundem à que público o filme veio. O excesso de comédia, que não encaixa com a história nem com o personagem, contrasta bastante com o ar sombrio, escuro e sobrenatural do vilão Gorr – que recebeu uma estética mórbida quase perfeita, infinitamente melhor do que a aclamada em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura – e dão ao filme uma cara de produto infantil, tirando toda a sua força.Com sátiras desnecessárias, como a de Zeus, que mergulham as atuações dos atores (Chris, Russell, Natalie…) em um poço de vergonha alheia.

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Logo no início, o filme traz um paralelo entre as personalidades de Thor, apresentando o herói como uma figura que agora medita e está buscando a paz interior enquanto aguarda sua próxima batalha. Uma imagem muito diferente da apresentada em Vingadores: Ultimato, quando fomos apresentados a um Thor gorducho que afogava as mágoas na bebida. No entanto, esse é um ponto que parece completamente solto no meio da história e que teria sido introduzido somente para arrancar alguns risinhos das crianças que assistissem ao filme.

Com relação à trilha sonora, é de se esperar que um filme de super-herói tenha sua trilha de efeito, com alguma música famosa de uma banda de rock clássica. E é exatamente o que acontece em Thor, quem assiste, sai da sala com as músicas de Guns N’ Roses na cabeça. Um acerto, em meio à tantos erros, já que casam bem com as cenas e envolver a audiência. Outro acerto da Marvel Studios são os efeitos visuais, mesmo que com alguns tropeços nos especiais e CGI. O conjunto visual do filme como um todo entrega um material muito bonito de se assistir, principalmente nas cenas em que o Rompe Tormentas, o Mjolnir e o vilão do filme aparecem. Parece realmente ter sido algo que a Disney se empenhou em melhorar nos últimos 14 anos UCM.

Outra promessa de Thor: Amor e Trovão é de que o filme seria, além de ter a menor duração de todo o universo e compor a única quadrilogia, era que muito provavelmente, este seria o último com um integrante do elenco original dos vingadores. No entanto, em uma das cenas pós-créditos do filme, o estudio deu a entender que Chris Hemsworth ainda usará a armadura de Thor por mais um tempinho, e que o herói retornará para mais um filme. Só resta, aos fãs, esperar que a jornada do Deus do trovão se encerre como as do restante da formação original; de maneira digna.

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Destaque

Gabriela Castello Buarque
Gabriela Castello Buarquehttps://estacaonerd.com/
Jornalista com Minor em Cinema. Apaixonada por terror, preto, Halloween e mais um monte de coisa "estranha".
Com uma promessa bastante nostálgica para os fãs do Universo Cinematográfico da Marvel, Thor: Amor e Trovão, escrito e dirigido por Taika Waititi (Jojo Rabbit), traz de volta muitas coisas queridas pelos fãs da franquia. Um Mjolnir funcional e melhorado, Jane Foster e o...Crítica 02 | Thor: Amor e Trovão