Publicidade
Publicidade
Início Críticas Crítica | Tico e Teco: Defensores da Lei 

    Crítica | Tico e Teco: Defensores da Lei 

    Publicidade

    Tico e Teco são os dois esquilos mais famosos e cativantes da Disney, que após um tempo na geladeira do estúdio ganharam um filme para chamar de seu. A produção mostra que os amigos estão vivendo em Los Angeles, em um mundo onde humanos e animações coexistem. Mas, agora, suas vidas são bem diferentes: décadas após sua série de sucesso ser cancelada, Tico se rendeu a uma vida doméstica suburbana como vendedor de seguros, enquanto Teco luta para voltar aos holofotes. Juntos eles precisam resolver um grande mistério, enquanto resolvem suas diferenças.

    Tico e Teco: Defensores da Lei é uma reinicialização da franquia, mesmo que o marketing da Disney e alguns momentos da projeção, queiram convencer do contrário. Para esse retorno, a direção de Akiva Schaffer (Conner4real) optou por uma narrativa simples, que tem como inspiração o filme de 1988, Uma Cilada Para Roger Rabbit. A inserção de centenas de personagens animados conhecidos do grande público (de vários estúdios de animação) causa um efeito de nostalgia quase que instantâneo no espectador que deve ficar feliz por encontrar, alguns dos milhares de vários easter eggs que são apresentados na tela.

    A grande maioria dessas aparições é gratuita, mas outras surpreendem por possuírem uma certa importância para a trama, elas não vão ser reveladas para evitar estragar as surpresas. Este filme apresenta para os pequenos espectadores diferentes estilos de animação que o cinema já apresentou, temos desde de personagens em 2D até criaturas em stop motion e em CGI, com tantas técnicas diferentes as interações das animações com os atores reais e com o ambiente poderiam ser prejudicas ou soarem falsas, mas isso quase não acontece, por duas razões: A primeira é o foco na dupla protagonista e na relação entre eles, não dando muito espaço para a presença de atores reais que poderiam fazer a trama revelar suas falhas quando existe esse tipo de interação. A outra é a qualidade técnica da produção, que apresenta todos os seus personagens em animação e os ambientes, com muito esmero.

    Algo que pode vir a ser reconhecido no Oscar. A produção deve fazer a alegria dos pais e da criançada com uma trama de investigação que é simples, mas funciona. O roteiro aposta em desenvolver a relação dos personagens, seus medos e explorar o seu passado, para justificar as suas escolhas e atuais personalidades. As sacadas espertas do texto, são usadas para fazer diversas piadas que são muito sutis, mas quando notadas devem tirar boas risadas do público. Porém é necessário frisar que nenhuma das piadas apresentada é memorável.

    O filme é muito objetivo em sua proposta e isso deixa claro quando a produção está “enrolando”. O segundo ato que se alonga demais, o que tira um pouco do ritmo bacana que a trama tinha no início, mas o terceiro ato retoma as rédeas e coloca a produção nos eixos. Outra falha do roteiro são algumas resoluções forçadas que acontecem, em prol do andamento da trama, isso fico muito claro (e temos até uma piada sobre isso), o que tira da trama uma certa credibilidade, mas não é nada que deva incomodar. Os novos dubladores da dupla principal, são inseridos de modo simples e muito eficiente, explicando a mudança de voz dos personagens nesse filme, sem muito rodeios.

    Tico e Teco: Defensores da Lei é uma animação divertida e banhada em nostalgia, que irá agradar ao público que conhece e quem nunca ouviu falar sobre a dupla. O filme é uma mostra, de que a animação merece retornar aos holofotes do estúdio.

    Publicidade
    Publicidade
    Sair da versão mobile